Com surpresa, estou a dar conta, também na janela que é o facebook, que a minha vida está a mudar.
Sem fazer deliberadamente nada por isso, estou a tornar-me numa figura pública...
Nunca andei pela vida sozinho.
É certo que sempre gostei de pessoas.
É certo, também, que sempre detestei algumas...
É certo, que ainda hoje detesto algumas - as que se alimentam de pessoas simples...
É certo, finalmente, que sempre detestei algumas pessoas sempre pelo mesmo motivo: as pessoas simples, de que gosto, são apenas números, para as pessoas que detesto, que julgam que podem dispor das pessoas simples, de que gosto, a seu bel-prazer e em seu proveito pessoal...
Por isso detesto quem, acima de tudo, vive para os números...
De números, gostaria de descobrir os do euromilhões de logo à noite.
Todavia, mesmo que acerte um dia no euromilhões, têm a minha garantia e a minha palavra, que enquanto puder continuarei por aqui a escrever postagens, se possível com humor, sobre acontecimentos cómicos e outros igualmente inúteis, mas que, pelos vistos, são alvo da atenção de tanta gente!..
Nós, os simples, a única arma de que dispomos é esta: o pensamento...
Para mim, quem anda na vida a enganar pessoas, é do pior que existe.
É claro, que enquanto as pessoas não descobrem que foram enganadas e quem foi que as enganou, os enganadores vão fazendo o seu caminho...
Contudo: pode-se enganar muita gente durante muito tempo, mas não se consegue enganar toda a gente durante todo o tempo.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário