Para o comum dos mortais cá da Aldeia, a liberdade política formal que nos proporcionou o 25 de Abril, não chegou para acabar com a estratificação das castas...
A sociedade local está cada vez mais compartimentada, como se fosse uma realidade que se tivesse instalado, e tudo estivesse a funcionar, num sistema de castas...
Houve tempos em que isto era envergonhado, mas, hoje em dia, já estamos no campo da exposição da demagogia e do exibicionismo político demagógico, estéril, publico e gratuito!...
Na Assembleia de Freguesia de S. Pedro, realizada no passado dia 21, à noite, que lotou o Desportivo Clube Marítimo da Gala, perante largas dezenas de covagalenses, o presidente da junta convidou os representantes da CDU e do PSD para se juntarem ao executivo - a união faz a força, disse ele - e participarem na reunião que se realizou ontem na Figueira.
Não sei o que, entretanto, aconteceu. Apenas sei que depois do show off dado na Assembleia de Freguesia do passado dia 21, pelo presidente da junta, os representantes da CDU e do PSD foram descartados por uma simples SMS!..
Não sei se os eleitos do PSD e da CDU se importaram com o facto, mas na minha qualidade de cidadão eleitor e votante assumido de uma das listas, importo-me e muito: no meu modesto entendimento, só os melhores podem ser escolhidos para nos representarem nos órgão políticos locais...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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