António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Muito bom, este texto.
Convergência não é unidade, e ainda menos unanimidade.
Além de que de modo algum pode ser construída com base na cegueira política e na exclusão da diversidade.
Ninguém está à espera de milagres produzidos por um governo de esquerda... já só esperamos o possível. E estes 4 últimos anos são impossíveis de prolongar... não são pormenores, como pretendem fazer crer os pafes com os retoques orgânicos, é de essência que se trata. E o essencial não é tanto, é apenas abrir uma fresta no sufoco a que fomos sujeitos.
E isso é a derrota do PSD e a garantia da irreversibilidade do possível à esquerda com o PS e com o PC e o Bloco no lugar e na dose que puderem e quiserem.
Não se lhes exige mais... mas menos também não.
Há anos (muitos mesmo, começou nos anos 60!!! Porra, o tempo passa!) que me bato pela unidade das esquerdas. Será desta?
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