"Ficou decidido por decreto, aparentemente irrevogável, publicado em 25 de Novembro de 1975, que a Direita é democrática. Que os bombistas, terroristas, aliados da direita, foram “combatentes da liberdade”. Ponto final parágrafo.
Nunca mais desde aquela data até hoje a Direita teve necessidade de fazer “prova de vida” da democracia. Nos dias que correm, tem.
O que faria, a partir de hoje, em qualquer país da Europa civilizada – atenção, não confundir com União Europeia – um político que estivesse na situação de Passos Coelho? Isto é, um político que tivesse sido encarregado pelo Chefe de Estado (Rei, Rainha ou PR) de formar governo e se deparasse nas suas diligências com a situação com que Passos se deparou? Muito simples: pedir-lhe-ia uma audiência para lhe comunicar que não tinha condições para formar Governo. “Arranje outro, Excelência”.
A direita portuguesa não quer fazer isso.
Está inclinada para o Golpe. Dentro de dias o saberemos."
Via POLITEIA
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Começa a ser preocupante a intoxicação "informativa" destes dias.
A "ditadura" do TINA (não há alternativa) já enjoa.
Em breve teremos a manifestação da maioria silenciosa ou a vigília contra os "anti democratas".
Passos ganhou? Óptimo! Que forme governo.
Consegue ou não consegue?
Não consegue. Então ficamos reféns do impasse?
A direita tem o monopólio dos entendimentos?
O poder detesta o vazio, isso é básico.
Em democracia há sempre alternativa !
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