quarta-feira, 29 de abril de 2015

Projecto de requalificação do areal urbano: afinal, era areia a mais para a camioneta da câmara...

A vereadora Ana Carvalho. Foto AS BEIRAS
Já não se consegue esconder mais aquilo que está à frente dos olhos de toda a gente e que foi previsto pelo Laboratório de Engenharia Civil nos anos 60 do século passado: “a erosão costeira da duna, a sul do 5º. Molhe entre o 5º. Molhe e a Costa de Lavos”
Segundo o que a vereadora Ana Carvalho revela hoje em declarações ao jornal AS BEIRAS, “estão a decorrer contactos com a APA para a transferência de areia da praia urbana para sul". A proposta da câmara "aponta para cerca de 500 metros cúbicos por ano". Para Ana Carvalho, "quanto mais depressa o processo se iniciar, melhor, lembrando, por outro lado, que existem apoios europeus disponíveis para o efeito.”

Na mesma entrevista, a vereadora Ana Carvalho informa "que a Câmara da Figueira da Foz deixou cair a segunda fase da beneficiação do areal urbano para uma próxima e eventual oportunidade. Esta etapa incluía o Anel das Artes, um anfiteatro redondo, e uma piscina".
A intervenção que está na ideia da Câmara realizar, "fica reduzida à ciclovia, via pedonal, pista de atletismo, reparação dos espaços desportivos e dos passadiços (e construção de outros) e intervenção nas valas de Buarcos que atravessa o areal".

Tudo leva a crer que chamada “segunda fase” caiu. “O touril está muito próximo e, apesar de ser privado, pode vir a ter uma utilização mais pública”, disse Ana Carvalho ao jornal. E acrescentou: “Se calhar, o Anel das Artes não faz sentido”.
Sobre a piscina afirmou: “Já temos a piscina mar, mas acho que há necessidade de haver uma piscina com todas as condições na cidade, mas não é obrigatório que seja no areal”.
Porém, a realidade é que a câmara se viu confrontada com o “convite” da APA para esquecer as duas estruturas, cujos materiais de construção que teriam de ser utilizados, além da volumetria dos imóveis, não se enquadravam nos apertados requisitos deste organismo do Estado.
Caso insistisse no anfiteatro e na piscina, a câmara corria o risco de nem a primeira fase – e, pelos vistos, única – ver aprovada.

Ana Carvalho confirmou ao jornal AS BEIRAS que as obras de valorização do areal urbano deverão arrancar até ao final do ano.
Entretanto, a vegetação que a autarquia está a deixar crescer na antepraia vai manter-se, não obstante a contestação de muitos figueirenses. Aliás, até deverá ser reforçada, com a “plantação de algumas árvores”.
Para a vereadora, “a vegetação – só Ana Carvalho deve acreditar nisto!.. - vai permitir que não haja areia nos campos de jogos e na ciclovia”.

4 comentários:

Anónimo disse...

Isto é muito areia para a minha camioneta eu já me contentava que limpassem a parte baixa e historica da cidade e limpassem e pusessem umas florzinhas no jardim

Maria João Carvalho disse...

Ora até que enfim!!!! Estalem foguetes, toquem as fanfarras...parece que nem tudo está perdido. A Câmara recuou e parece querer devolver aos cidadãos, pelo menos o tempo de debater e verificar todas as informações. O desastre já se anunciava, de modo que estas declarações públicas - se não forem meramente eleitoralistas - sabemos que o presidente da Câmara tem como meta Bruxelas (pois, jornalistas são assim), são uma esperan4a para os que se batem pelas soluções alternativas. O bypass é feito quantdo? A partir de que data se prevê que se envie as areias de norte para sul? Perguntem, perguntem muitas vezes, meus amigos, até obter a resposta. Nem que seja pelo cansaço que provoca a persistência que, como todos sabem, é uma arma.

Anónimo disse...

Se estas promessas forem cumpridas como foram a recolocação do coreto e a construção de um campo sintético em buarcos bem pudemos esperar sentados com varias grades de minis ao lado.
Abraço cmarada

Maria João Carvalho disse...

desculpem as gralhas em "esperança" e "quando"....foi a alegria com a pressa.