António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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3 comentários:
É um facto que o Largo das Alminhas é um lugar emblemático e de eleição na nossa terra. É ali que se juntam os mais velhos ( A Martinha mai-la tia, não aparecem por lá pois devem estar ambas no Lar do Nascimento, coisa de tias ricas, ou de ricas tias)para falar disto e daquilo, dos velhos tempos, dos que já partiram e sempre com o olho em quem passa.
É uma pena aquele monumento que ali está e a foto bem expõe, conspurcando a vista e a visão.
Seria uma prenda da nossa Junta, retirar dali tal aberração urbanística e em seu lugar edificar outra estrutura mais digna e util. Não é preciso ser muito inteligente para repensar o arranjo daquele pedaço de chão onde se cultivam e se colhem saudades, tradições e histórias. Histórias da vida e das outras.
Ai que saudades eu tenho dos tempos em que aquele monumento a que o sempre atento tó (da lota) se refere funcionava como o terreiro da má língua cá do burgo...
Não é preciso ser cientista para perceber que o clima mudou...
Não é preciso ser velha como eu para saber que lamentavelmente deixou de funcionar o local de culto por excelência da má língua cá do burgo...
Pronto é a vida e o monumento deixou de ter a função principal...
Mas não o destruam preservem-no arranjem-no cuidem-no...
Deve haver subsídios para cuidar da memória...
Já agora que estamos em época de vacas magras a Celbi e a Soporcel que não dêem tudo a Seiça nós também cá temos os nossos monumentos a precisar de reabilitação..
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