"A falta de poder de compra resolve-se com salário, e não com Ivauchers; assim como a degradação do SNS se resolve com carreiras dignas, e não com a duplicação do pagamento a partir 500.ª hora extraordinária. Não se combate a direita com escolhas que a direita aprovaria, e que são incapazes de oferecer um horizonte de esperança à população. É no pântano que a direita, e sobretudo a extrema-direita, se movem. E, ao abrir a porta ao bloco central, António Costa apenas contribui para esse pântano. E tudo para quê? Para poder dizer ao país que a única resposta é uma maioria absoluta do PS? Mas o que ganhou o país com essa ideia que desde 2019 determina as escolhas do primeiro-ministro?"
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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