O facto está a matar os poucos comerciantes instalados, por escassez de clientes. A partir deste local a rua é interrompida de novo, voltando a “acontecer” depois. Até à parte elevada das muralhas são apenas autorizadas cargas e descargas entre as 7 e as 16, por 20 minutos, a fim de abastecer o comércio e com acesso a garagens. Na última parte, em direcção ao Tamargueira, as viaturas circulam em ambos os sentidos nos trezentos metros.
Alterações? A população deveria ter uma palavra. Habitam ali muitos idosos que se a rua for fechada ficarão sem acesso motorizado às habitações, com as dificuldades associadas. Como trazer compras, como deslocar-se à baixa da vila? Com o trânsito proibido nem um táxi poderão chamar. No restante da rua: uma confusão. Junto às muralhas, manter-se-ia certamente o que hoje se “exige”. Sendo uma zona eminentemente turística, não me parece mal que não passem por ali constantemente automóveis, por razões de segurança e saúde. Com esplanadas de restaurantes, desagradável será comer sardinhas “sabendo” a combustível!
E as famílias agradecerão ter as suas crianças, sempre buliçosas e imprevisíveis, protegidas do perigo. Mas com este troço fechado como se procede à ligação com o miolo do casario? Ao abrigo do “excepto residentes” que poderia ser a norma? Depois da “interrupção” a situação manter-se-ia obrigatoriamente igual, a menos que se emendassem os erros cometidos. Impensável não haver acesso ao estacionamento junto ao Caras Direitas, impossível impedir o trânsito da Rancho das Cantarinhas! Será que a rua não é bem isto e o Google Maps está desactualizado? Julgo que não!"
Via Diário as Beiras
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