foto Adelaide Sofia |
O tempo das certezas já passou há muito.
Quanto mais sabemos, mais dúvidas temos.
Ontem à noite, respondi ao convite dos promotores dos Diálogos ComSentidos, "um projecto de reflexão e partilha, pluri e inter-confessional", e estive no Auditório do Museu Municipal, que teve lotação praticamente esgotada, a ouvir o Dr. João Paiva, católico, director do Doutoramento de Química na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Luis Natal Marques, Grande Conselheiro da Antiga e Mística Ordem Rosacruz AMORC, numa conversa moderada pelo Dr. José Augusto Bernardes, director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.
Segundo os seus promotores, esta iniciativa visa "criar espaços-tempo para o diálogo entre diferentes crenças, dentro dos princípios da Igualdade, Liberdade e Respeito".
O primeiro tema deste ciclo de conferências, que teve início ontem, foi uma reflexão sobre "O Humano e o Divino".
Durante quase 2 horas assisti, com gosto, ao "Diálogo entre duas Escolas de Pensamento".
Foi um Diálogo rico e enriquecedor, excelentemente moderado, que teve ainda a participação do público.
Saí de lá mais inquieto. Hoje tenho mais dúvidas sobre algo que não domino: precisamente o Humano e o Divino.
Sei que, sobre o mistério que somos nós, ainda me falta aprender muito - talvez mesmo quase tudo.
Vou continuar cliente dos Diálogos ComSentidos.
Quando não dominamos as matérias, não devemos temer a ajuda dos outros para nos auxiliarem a compreender o sentido das coisas.
Esta atitude, a meu ver, apenas nos engrandece.
E longe de ser um sinal de fraqueza, apenas demonstra inteligência.
Felicito os promotores, pois correu tudo muito bem.
Excelente a participação de Adelaide Sofia e do Coral David de Sousa, a abrir e a fechar o evento.
Assim mesmo é que se trabalha.
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