segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Aos que andam por aí a viver à custa do orçamento, que o mesmo é dizer, do dinheiro de todos nós...

Todos conhecemos casos de acesso a lugares, ou a situações de favor, por se ter bons amigos, ou amigas, nos lugares certos.
Sobre isso, pouco tenho a dizer, pois estou certo de várias coisas:
1.  que são todos, os que podem beneficiar e os beneficiados, muito simpáticos e simpáticas.
2. que são todos, os que podem beneficiar e os beneficiados, amigos e amigas do seu amigo e da sua amiga.
3. que todos, os que podem beneficiar e os beneficiados, até são capazes de  pagar um copo com um sorriso nos lábios.
4. que todos, os que podem beneficiar e os beneficiados, até são capazes de  dizer (e se não dizem agora, já disseram...) que todos os políticos roubam.
5. que todos, os que podem beneficiar e os beneficiados,  até são capazes de dizer (e se não dizem agora, já disseram...) que  a luz e água estão pela hora da morte.
6. que todos, os que podem beneficiar e os beneficiados, até são capazes de dizer que os árbitros são corruptos.
7. que quase todos os figueirenses, em vez de criticarem, tanto os que podem beneficiar como os beneficiados, morrem de inveja por não estarem nos seus lugares.
8. que a Figueira é uma merda.

Para além disto, apenas tenho a dizer: tivesse eu poder, que não mando nada, e um presidente de câmara, havia de ser um gestor e havia de ganhar muito bem. E havia de ter prémios de objectivos.
E os vereadores haviam, também, de ganhar bem e ter os seus ordenados indexados a objectivos: por exemplo, o da educação havia de ter como objectivo principal diminuir o abandono escolar; o do desporto havia de ter como objectivo principal criar condições, nomeadamente a nível de infra estruturas, para poder aumentar o número de praticantes; o do urbanismo deveria preocupar-se com a gestão correcta e harmoniosa do espaço; o do ambiente e espaços verdes deveria preocupar-se com as árvores; o das finanças deveria gerir com parcimónia o dinheiro de todos nós; o dos cemitérios, embora sabendo que os mortos não votam, deveria cuidar da dignidade desses locais; o do planeamento e ordenamento do território deveria saber que o PDM é um instrumento que afecta a qualidade de vida de gerações futuras; o da acção social e saúde teria de ter em conta que a população está envelhecida e precisa de cuidados médicos de proximidade.
Se eu mandasse, que não mando nada, todos - presidente e vereadores - deviam ter possibilidades de vestir bem e andar em bons carros. 
E tudo isto havia de nos sair barato. Muito mais barato do que sai agora.

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