quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O PS/Figueira e a difícil convivência democrática

João Ataíde, um não militante, presidente da câmara, que vai no terceiro e último mandato, é o rosto do actual PS, partido municipalista figueirense
Os socialistas, na Figueira, e não só, têm a fama, desde há muito,  de utilizarem o poder, o aparelho público e os seus fundos, de forma opaca, como se tudo fosse seu, por emanação republicana, sem terem de dar conta do que fazem, nem das razões por que o fazem, ou dos verdadeiros interessados nas medidas adoptadas.

Pode ser injusto. 
Todavia, o problema é que quando chegam ao poder pouco fazem para que essa fama se desvaneça, ou, pelo menos, se atenue.
A legitimidade democrática deste executivo de João Ataíde, é inquestionável!

Contudo, embora, muitos como eu, fiquem na plataforma da "gare",  não peçam é a todos, para ficarem a ver passar os comboios, impávidos e serenos.
Pela parte que me toca, desejo boa viagem ao comboio em andamento, com sinceridade e amizade, e recomendo muito cuidado com os acidentes de percurso.

Se os socialistas figueirenses não gostam da participação dos cidadãos, que acabem de vez com a participação das pessoas na discussão das políticas para a sua cidade e o seu concelho.
Tenham a coragem necessária e acabem também com as eleições.
Este raciocínio pode levar-nos muito longe: ao ponto de aproximar quem está a tomar conta do PS/Figueira, neste momento, do antigo regime...

Sobre qualquer tema, nomeadamente sobre a revolução urbanística em curso, ou os milhares, largos, de euros que se andam a gastar com joguinhos de praia, dizem sempre o mesmo: tudo foi muito debatido (onde? onde? Digam...), que estava no programa do PS e que o PS ganhou as eleições. 
Isto, é não saber ler os resultados e não respeitar os eleitores, sequer aqueles que votaram nos socialistas. 

Nem todos os votantes socialistas apoiam ou concordam com tudo o que vem no programa do PS (e conviria o PS figueirense perceber isto antes de avançar para questões, debates e decisões bem mais importantes). 
Em concreto, nem todos os votantes socialistas figueirenses apoiam e concordam com a revolução urbanística em curso, ou com os milhares, largos, de euros, gastos (não investidos...) em joguinhos de praia.
Portanto, democraticamente falando, este argumento, vale o que vale: zero...

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