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Graças à divulgação feita pelo semanário Sol, em janeiro de 2009, o assunto ganhou dimensão nacional.
“O estranho é a certeza que a Martinsa-Fadesa sempre teve que o projecto ia avançar”, comentou António Tavares, vereador do PS, ao Sol. E acrescentou: “Há uma coincidência estranha entre o Plano de Urbanização (apresentado pelo executivo camarário) e o projecto da Martinsa, já que ambos prevêem um índice de construção de 0,7 – que corresponde a 27 blocos de sete pisos para habitação e um hotel com 18 andares e 110 quartos”.
“A certeza de que esse índice de construção vai ser aprovado é tão grande que a empresa até pôs à venda uma coisa que ainda não existe”…
O curioso da questão, é que os terrenos que foram vendidos à Alberto Gaspar para a instalação de uma fábrica, devem ser reclamados pela autarquia junto dos tribunais, segundo o vereador Paulo Pereira Coelho, do PSD. “É uma questão de bom senso saber se existe um direito de reversibilidade”, explicou Pereira Coelho ao Sol, “pois os terrenos são industriais e foram vendidos para esse fim”. Aliás, “a Câmara não tem nada a perder, na dúvida os tribunais decidirão”.
A posição Pereira Coelho foi, na altura, partilhada por António Tavares, que disse estar à espera de uma resposta do presidente da Câmara Duarte Silva, pois este ficou de “saber se a reversão era possível, mas nunca o fez”.
A última posição conhecida sobre este assunto por parte de Duarte Silva foi divulgada pelo jornal Campeão das Províncias: “Duarte Silva pondera demitir-se caso se verifique um chumbo da revisão do plano de Urbanização”.
Contactado pelo Sol sobre o assunto, o presidente da Câmara da Figueira da Foz de então não fez qualquer comentário.
Entretanto, os anos passaram. Estamos em 2017, ano da Revisão do PDM.
Há oito anos, 8, João Ataíde é presidente e António Tavares, vereador...
Os terrenos do Alberto Gaspar continuam em poder dos herdeiros!..
O processo da falência da Empresa já terminou, ficando muitos trabalhadore em situação miserável...
Vivemos numa Figueira cada vez mais desigual, em que se perdeu a noção de uma certa decência e eticidade comportamental.
Parece que não aprendemos nada com a História.
Estamos a tornar-nos bichos, não é camarada Tavares?..
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