A Naval, numa partida de futebol a contar para o Campeonato de Portugal, foi goleada pelo Mafra por 14 a 1!..
Não conhecendo, em pormenor, a longa história da Associação Naval 1º. de Maio, estou em crer que, ontem, foi escrita uma das páginas mais negras no decorrer dos seus quase 124 anos de existência.
A derrota, expressiva, começou a ser construída bem cedo.
Com apenas meia hora de jogo decorrida, o Mafra já vencia por 6-0.
Marinho Serpa, certamente já em desespero de causa, tirou os três juniores com apenas 30 minutos de jogo, mas não conseguiu contrariar a avalanche ofensiva da turma de Mafra.
Ao intervalo o resultado já estava nos 9-0.
No segundo tempo, o Mafra não abrandou e o resultado final avolumou-se.
O melhor que a Naval conseguiu fazer, foi sair de Mafra com o golo de honra marcado por Gabriel.
Todavia, a Naval não é apenas futebol senior.
Este fim de semana foram conquistados alguns sucessos que devem ser tomados em linha de conta.
O Marcha do Vapor dá disso a devida conta.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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