Sou livre e tenho carinho.
Passo a passo, encontrei a justa medida,
que, em equilíbrio, me tem conduzido na vida.
Mas, por opção, vou continuar a seguir sozinho!
Gosto de Liberdade, gosto de espaço.
Detesto grilhões e medos,
posso ter algum cansaço,
mas não tenho segredos.
Gosto de olhar com fervor,
gritar na praia e olhar o mar
e sob o céu, em noites de luar,
caminhar firme e com vigor.
Sou alguém que ainda sonha,
sente o pulsar da alma,
vive a vida com calma
e sabe que há gente medonha...
Sou do povo.
Embora não seja nenhum Romeu,
sinto em mim sangue novo:
sobretudo, gosto de ser eu!
Nota de rodapé.
"O Mundo acaba sempre por fazer
o que sonharam os Poetas."
Agostinho da Silva
"Não me interessa ser original;
interessa-me ser verdadeiro."
Agostinho da Silva
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário