Esta é uma imagem real da erosão costeira a sul do quinto molhe da Praia da Cova.
Esta foto de Fevereiro de 2016, dispensa as palavras...
Daí para cá o problema agravou-se.
Tudo, por aqui, foi dito ao longo dos anos e pode ser consultado...
Quem de direito, deve saber, mas continua a atirar para canto e o dinheiro é gasto em todo o lado, menos onde é mais necessário.
Os projectos de requalificação da Baixa, Buarcos e Cabedelo, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), foram apresentados ontem, na reunião de câmara.
CABEDELO
"Na margem sul da cidade, o Cabedelo vai ser transformado através da organização do espaço, dando prioridade ao reforço do cordão dunar e às zonas de lazer, turismo, surf e recreio.
A estrada e o estacionamento vão ser “encostados” para o interior da zona portuária.
Por seu turno, o parque de campismo vai deixar de existir.
Não foi avançada a estimativa dos custos daquela intervenção, que será a primeira fase de um projeto mais abrangente."
BAIXA
"A intervenção vai centrar-se nas duas praças (General Freire de Andrade e 8 de Maio) e ruas adjacentes (Combatentes, Santos Rocha, Restauração, Galamba Marques, Bombeiros Voluntários, Travessa da Lomba e Silva Fonseca). Na Baixa, serão, também, introduzidas alterações de trânsito e criados espaços de estacionamento para moradores e de curta duração. Os ecopontos e os contentores de lixo orgânico serão enterrados, para minimizar o impacte visual. Naquela zona da cidade, bem como nas outras duas áreas de intervenção, vai ser dado mais espaço aos peões e aos ciclistas, com construção ou alargamento de passeios e zonas cicláveis. Por sua vez, em diversas artérias, os automóveis não poderão circular a mais de 30 quilómetros
por hora. A praça General Freire de Andrade, por seu lado, prolongar-se-á até ao largo Luís de Camões e terá uma ligação direta à avenida. As obras estão orçadas em 2,8 milhões de euros e incluem substituição de infraestruturas básicas. A Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz será envolvida na análise que a autarquia vai fazer ao projeto."
BUARCOS
" Vai receber obras entre o terrapleno e as muralhas, tendo como objetivo clarifi cara a estrutura urbana e a valorização dos espaços pedonais. Naquele sentido, o projetista propõe reduzir nas rotundas e aumentar nos espaços para peões, dos atuais 47 por cento para 75 por cento. Os restantes 25 por cento serão distribuídos em duas partes: 23 por cento para automóveis e dois por cento para zonas mistas. A área do jardim também será alargada e arborizada. O projeto prevê obras no valor de 2,5 milhões de euros."
Via AS BEIRAS
Nota de rodapé.
Chateia-me ver gente a meter os pés pelas mão.
Chateia-me quando vejo alguém misturar alhos com bugalhos.
E, na Figueira, os ciclos da estupidez dos "quens de direito" sucedem-se...
Há gente, como eu, que desejava isto ou aquilo!
Eu contentava-me com pouco: conseguir domar a estupidez.
Sei que não peço pouco, mas a formular um desejo era esse o meu escolhido. Se calhar depois aborrecia-me...
Penso que era Claude Chabrol que dizia: "a estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência, pois a inteligência tem os seus limites. Mas a estupidez não!"
E este executivo camarário aí está para o provar.
"Figueira com rumo!..
Nem em ano eleitoral...
Mas, isto não são horas para se pensar em problemas deste jaez.
Há que ter juízo, pegar na bicicleta, e ir beber um café ao Cabedelo.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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