António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
A simplicidade autêntica de Peter Pereira
Na fotografia, o simples e o autêntico, normalmente, costumam dar um bom boneco.
É o que transparece desta entrevista do Peter Pereira.
Tal como ele certamente faz para conseguir as fotos que o caracterizam, é preciso reparar, ver, olhar e imaginar o enquadramento.
A autenticidade é a possibilidade de alguém ser capaz de revelar a sua realidade.
“As histórias mais importantes para mim são sobre a pobreza”, disse Peter Pereira na entrevista, que pode ser lida aqui. O vídeo foi sacado daqui.
O ser simples é sempre útil! Peter Pereira, nesta entrevista, revelou-se de uma simplicidade que roça a ternura.
Depois de ver os cerca de 36 minutos do vídeo, da entrevista dada por este fotojornalista nascido na Gala, multi premiado e reconhecido, quem pode esconder um sorriso e um olhar terno e comovido?
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