Abusar e optar: duas palavras.
Para mim, o seu significado diverge do entendimento que, julgo, ser o da maioria das pessoas.
Abusar, não tem de ser, necessariamente, exceder no uso que damos às coisas.
Abusar, do meu ponto de vista, tem a ver com usá-las mal, deteriorá-las, adulterá-las.
Optar, não tem de ser, exactamente, escolher de uma forma completamente livre e consciente.
Optar, do meu ponto de vista, é abdicar de algo de que gostamos muito.
Optar, é prescindir de grande parte do essencial e prosseguir por um outro trilho.
Como escrevi aqui, sempre pensei - e continuo a pensar - que era bom os políticos não confundirem o interesse público com o interesse do público!
É que, do meu ponto de vista, ao mesmo tempo que aumenta o interesse do público, diminuí o interesse público.
Há anos, tanto quanto me tem sido possível, tenho tentado não abusar - optando...
Historicamente, é admirável o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia. Totalmente desfazado do tempo actual, composto de ambição e ganância, é nesse velho homem do mar, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma. A realidade, é a realidade: a forma como os outros olham para nós, é lá com eles.
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