Claro que sim.
No essencial, merece um melhor executivo camarário.
Um executivo que trabalhe menos para a fotografia e resolva mais.
Um executivo que aposte menos na propaganda e ajude a promover o crescimento económico do concelho da Figueira da Foz.
Um executivo que tenha presente o hoje, mas não esqueça o amanhã e o restante futuro.
Um executivo que faça reformas na saúde, mas não se esqueça das pessoas.
Um executivo que pense nas próximas gerações, mas que não se esqueça da qualidade de vida dos que por cá andam no tempo que passa.
Mas, a Figueira, também merece melhor oposição.
Construtiva e dialogante, mas firme, inovadora e consistente.
Uma oposição com ideias exequíveis.
Que saiba afirmar claramente as suas diferenças, sobretudo a diferença do seu projecto, em relação ao presidente Ataíde e ao seu e executivo.
Uma oposição ao bloco central dos interesses que, em democracia, sempre tem estado no poder na Figueira e contra os "negócios" desse bloco central dos interesses e que garanta, sem margem para dúvidas, que nunca irá pela via desse tal bloco central dos interesses.
Resumindo: uma oposição com posição - credível, séria, transparente e definida.
A Figueira merece melhor?
Sem dúvida.
Mas, isso passa pela expressão da vontade dos figueirenses no momento certo.
Quando votam...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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