foto António Agostinho |
Todos os que por aqui passam - e em julho e agosto, na chamada época alta, foram milhares por dia - viram como a zona está degrada e votada ao abandono por quem de direito.
Nunca acreditei em perfeições.
O meu pensamento costuma ser trivial e prático. Pensar, para mim, a quem muitos agradeciam sinceramente que não emitisse opiniões, só faz sentido se for para apresentar pensamentos simples e úteis.
O que eu penso, torna-se inútil a partir do momento em que não constitui uma ajuda para resolver um problema prático.
Por exemplo, o que pensei e escrevi sobre o Cabedelo, foi inútil porque não ajudou, até agora, a resolver o problema prático que é o abandono da melhor praia que neste momento existe no concelho da Figueira.
Mas, como o mandato deste presidente de câmara e da sua equipa de vereadores ainda está a decorrer, pode ser que não tenha sido totalmente inútil pensar nisso.
De qualquer modo, é irrelevante qualquer conclusão que eu tire sobre isso, porque os mandatos deste presidente de câmara não serão perfeitos ou imperfeitos por eu o pensar ou concluir. Os mandatos do dr. Ataíde são o que são - e pronto.
Aliás, a questão da eficácia não se coloca para os detentores do poder.
Eu, porém, tenho o péssimo hábito de valorizá-la. Tal, no entanto, acontece, apenas, por uma questão prática.
Não tenho essa sorte, mas anda por aí muita gente bem paga para escrever e não dizer nada.
O seu trabalho mais importante, não é decidir sobre o que vai escrever, mas decidir sobre o que não vai escrever.
Nada dizer e nada escrever, pode ter muito valor, dependendo das situações.
Se disser, ou escrever algo, pode ser recompensado, mas se não disser nada sobre determinado assunto que possa causar mossa ou prejuízo - falar ou escrever sem dizer nada sobre assuntos importantes - pode ser ainda mais valioso para ele.
É preciso muito trabalho para que as coisas não mudem. Para elas mudarem pode ser mais fácil - basta não fazer nada.
Espero que a elaboração do PEDU vise assegurar um desenvolvimento harmonioso das áreas atingidas, abrangendo e defendendo três objectivos estratégicos: melhorar a qualidade de vida urbana, melhorar a qualidade de vida ambiental e salvaguardar a memória colectiva - mantendo a identidade e melhorando o bem-estar.
Espero que a denominada reabilitação integrada do Cabedelo seja apenas isso...
Como li hoje no jornal AS BEIRAS, numa crónica publicada por Miguel Almeida, "há demasiados anos que se reage em vez de agir. Há demasiados anos que se “corre atrás do prejuízo” sem um projecto. Há tempo demais que nem sequer há brio na limpeza e manutenção das infraestruturas existentes. Há tempo demais que o “autismo político” do executivo camarário é confrangedor..."
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