quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O debate de logo à noite

Eleições, debates e protagonistas. 
Para quem tem memória, recorda muitos. Soares, Cunhal, Freitas, Sá Carneiro, Pintassilgo, Mota Pinto, Eanes, Sampaio, Cavaco, Constâncio, Ferro, Durão. Santana, Sócrates. 
Este - Coelho, Costa - vai ser mais um. Vai ficar à vista de toda a gente que um só debate não vai ser suficiente. Seriam necessários dois ou três. 
A Coelho não interessavam? 
Assim, Coelho não vai  ser confrontado com as “trapalhadas” que tem feito nestes últimos 4 anos. Logo aí vai sair beneficiado. 

Além do mais - e mais importante - não se vão poder abordar diversas questões centrais da política nacional. 
O assunto é sério. Numa hora e meia não vai ser possível discutir e clarificar as políticas para o emprego, a segurança social, a educação, a saúde, a justiça, a emigração e a imigração, a demografia, a defesa, a segurança, a Europa, as relações externas…
A complexidade dos problemas e a forma  da governação para os resolver não vão ser revelados no debate de logo à noite. 

Portanto, resta estar atento, em especial, às diferenças dos programas e das personalidades dos dois contendores. Espero que, ao menos, o debate mostre - e isso já seria  positivo -  que Coelho e Coelho são diferentes. 
Não sei quem ganhará mais votos com o debate de logo à noite.
Mas não deviam ser as televisões a condicionar as escolhas políticas dos portugueses. 
No debate de logo à noite está em jogo mais do que se possa pensar: vai ser testado o poder da  ditadura mediática, cavalo em que apostam os líderes populistas

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