No passado mês de junho, a Câmara da Figueira aprovou a proposta da maioria socialista sobre a atribuição da medalha de altruísmo em prata dourada ao Grupo Lusiaves.
A proposta passou apenas com uma abstenção.
Ontem, o grupo de vereadores eleito pelo PSD, na Coligação Somos Figueira, apresentou em reunião de Câmara, um voto de congratulação e reconhecimento à unidade industrial Ernesto Morgado, sediada no Alqueidão.
A Figueira que temos, em setembro de 2015, vale pouco ou perto de nada.
As pessoas que a governam quase que apenas têm umbigo.
Esse é o seu mundo. E, é em torno dele, que gira o horizonte individual de cada uma delas.
Quem conheça a história de uma cidade ainda jovem - a Figueira tem apenas 133 anos - sabe que lembrar essa data, por si só, não constitui "uma afirmação de esperança". Sabe, também, que por aqui a junção de esforços e a força do trabalho já moveu montanhas, que a dignidade dos valores já edificou obra, que a palavra já valeu por um papel.
À medida que os anos vão passando e nos aproximamos da velhice, vamos sabendo mais da Figueira e da vida.
Valores, como a força do trabalho, a dignidade dos valores e a solidez da palavra que já valeu como um papel, estão cada vez mais desvalorizados.
Nos intervalos destas " engraxadelas", disfarçadas de reconhecimento, os vereadores da "nossa" câmara poderiam lembra-se que na Figueira há mais vida e mais valores para além dos empresários "amigos"...
Isto já começa a arrepiar...
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