Em São Pedro, freguesia, ao fim de 20 anos, termina hoje um ciclo. Como tudo na vida teve coisas boas e coisas negativas.
À hora em que a cerimónia protocolar está a acontecer, encontro-me a cerca de 200 quilómetros - em Lisboa.
Por isso, ao contrário do que era meu desejo e propósito, não vou poder estar
presente no acto de posse do novo
presidente da junta de freguesia de S.
Pedro.
20 anos é muito tempo. Mas, não para a minha memória.
No princípio, estive com o presidente que, hoje, cessou funções.
Afastei-me, quando notei que se começava a sobrepôr, na minha opinião, ao colectivo que o
levou ao colo. Começou aí o "efeito eucalipto"
Os últimos 8 anos tornaram isso mais visível: secou tudo à volta.
Quem não se revia no “grande líder”, era por mais colectivo e menos one man show, foi saindo.
Os últimos 8 anos tornaram isso mais visível: secou tudo à volta.
Quem não se revia no “grande líder”, era por mais colectivo e menos one man show, foi saindo.
Não confundo, nunca confundi e espero nunca confundir, pessoas com ideias.
Não combato, nunca combati, não ataco e nunca ataquei
pessoas, mas sim as ideias e as posturas políticas que as originam.
Mesmo que as pessoas - e não me estou a referir a ninguém em concrecto - sejam de baixo carácter, ou mal formadas ética, moral e democraticamente.
Confesso que por amor
à minha Aldeia, a Cova-Gala, gostava de ter visto sair o veterano autarca que
hoje cessa funções, depois de 20 anos de dedicação à sua e minha Terra, por cima - sobretudo, com dignidade institucional.
Espero que isso tenha acontecido.
Como escrevi aqui em 6 de setembro de 2009:
“Sem demagogia, tenho consciência dos poderes limitados de
uma Junta de Freguesia.
Mas, também tenho consciência, e não esqueço, que o
Presidente de Junta, é a autoridade máxima em São Pedro, freguesia.
Não só por isso, mas também por isso, tem de ser a primeira
entidade a intervir e a incentivar na defesa dos interesses de São Pedro,
freguesia.
Seja no que for, quando se fala São Pedro, freguesia, quando
se discute São Pedro, freguesia, quando se reivindica ou se alerta para a
resolução das carências de São Pedro, freguesia, o que deve estar sempre em
primeiro lugar é o POVO e os verdadeiros interesses da Terra.
Não estamos em tempo de promessas ocas e balofas.
O tempo é de reivindicar aquilo que São Pedro, freguesia,
tem direito, não só como Terra turística, que, em parte, é, mas, sobretudo,
como freguesia urbana, que realmente é.”
Hoje, consequência das eleições do passado dia 29 de setembro, muda um ciclo que durou 20 anos e que permaneceu igual a si próprio até ontem...
A grandeza das pessoas, nomeadamente dos políticos, passa também por saber sair a tempo, em alta e com dignidade.
A grandeza das pessoas, nomeadamente dos políticos, passa também por saber sair a tempo, em alta e com dignidade.
Mas, isso, hoje, já não interessa para nada - é apenas passado.
Não tenhamos ilusões, estamos noutra realidade, acabou o tempo da construção, da "obra" despesista e da megalomania.
A partir de agora, o que interessa é o futuro.
Felicito o António Samuel, que hoje inicia um dos maiores desafios da sua vida, num momento novo da nossa vida colectiva, enquanto País, desejando que faça um bom trabalho em prol daqueles que, tal como ele, gostam de viver na Cova-Gala.
Não tenhamos ilusões, estamos noutra realidade, acabou o tempo da construção, da "obra" despesista e da megalomania.
A partir de agora, o que interessa é o futuro.
Felicito o António Samuel, que hoje inicia um dos maiores desafios da sua vida, num momento novo da nossa vida colectiva, enquanto País, desejando que faça um bom trabalho em prol daqueles que, tal como ele, gostam de viver na Cova-Gala.
Fica, também, uma
palavra de saudação para o António Lebre,
que vai encabeçar, na nova assembleia de freguesia, a sempre necessária e imprescindível oposição.
Grosso modo, a democracia é, mais coisa, menos coisa, isto.
1 comentário:
Sim é o fim de um ciclo, e como é dito teve coisas boas e coisas más. Mas a freguesia precisava desta mudança. Abracei esta terra como minha à 27 anos atrás e apesar de ter deixado de ser cidadão desta freguesia sinto-me como um filho da terra. À quatro anos atrás apoiei o António Samuel e as instituições que de uma forma ou de outra represento sofreram as consequências desse apoio.
Como cidadão (mesmo não sendo eleitor da Freguesia)tenho o direito de manifestar a minha opinião, como director do Centro Social Sanctus Petrus e elemento da Comissão da Capela de S. Pedro, sempre me pautei pela isenção pois as relações institucionais nada têm a ver com as opiniões pessoais.
O que interessa neste momento e em colaboração com o novo executivo da Junta de Freguesia de S.Pedro é conseguir o melhor para a Freguesia trabalhando em conjunto pelo bem de estar de todos e com o contributo de todos. Essa foi a promessa principal do António Samuel e sei que assim vai ser a sua principal preocupação.
Deixo aqui o meu apreço e estima por todos aqueles que a partir de hoje conduzem os destinos de S. Pedro.
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