Amigo, como se chama esta rua?.. - Não é rua, é avenida – Avenida 12 de Julho, senhor. - E a terra, como se chama?.. - Cova Gala, senhor... - Isto, é vila, é aldeia?.. - É Aldeia, senhor… Aldeia da Cova Gala. - Tem a certeza de que ainda é Aldeia?.. - Tenho, senhor... - Então, será por isso que tudo parece tão triste?.. - Talvez não… São os tempos, senhor… (Foto: Pedro Agostinho Cruz)
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
O resto é conversa da treta
Nenhuma razão aceitável permite ao governo proibir a manifestação de amanhã, da CGTP, na ponte 25 de Abril. Porque algumas cabeças estão um pouco baralhadas, não há, em Portugal, manifestações "não autorizadas". Por uma razão simples: as manifestações não carecem de autorização. Por razões históricas, a Constituição da República (sempre essa excêntrica) e a lei portuguesa dão ao direito de manifestação uma enormíssima latitude (da mesma forma que protegem de forma bastante firme a liberdade de associação, de imprensa ou de expressão). É mais uma razão para se ter orgulho de ser português.
Esta vitória do governo, impedindo uma manifestação legal (penso que foi a primeira vez que isto aconteceu com a CGTP), é só mais um passo para o ambiente de medo e apatia que pretendem impor ao País. Mas mesmo do seu ponto de vista, fazem mal. Quanto mais limitarem a ação das organizações tradicionais (como os sindicatos), através dos meios habituais (as manifestações), mais promovem protestos espontâneos, inorgânicos e incontroláveis. Pensando bem, talvez até seja mesmo esse o seu desejo.
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