"É puxar a brasa à minha sardinha, pois é. Estou desempregada e vejo este yo-yo da que já não é fortuna nenhuma. Se o meu coração, por este e outros motivos, sobreviver a 2012/13 podem estudar-me...
Custa, não se pense que é viver à sombra da bananeira. Sabem-me bem os primeiros dias de sol, poder aproveitá-lo. Experimentei fazer coisas que fui adiando enquanto trabalhava, pude fazer babysitting e não o trocava por nada. Mas custa bastante ser diariamente confrontada com a situação, com os 6% que afinal eram meus mas agora já não. Custam os olhares de pena e segue a vidinha (prefiro que a sigam logo), custam as não respostas, custa o subsídio comparado com o que se recebia a trabalhar. E custa-me ser só um número, isso é o que me custa mais."
Em tempo.
Peço desculpa à Marta Spinola, pois ela vota desde os seus 18 anos.
Mas este post não tem cor política, ou não pretende ter. É uma coisa mais egoísta, é sobre ela.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Meu caro amigo António Agostinho
Aceita públicamente a seriadade da minha amizade de irmão para irmão mas se assim é não vou calar-me e ficar com remorsos da minha cobardia. O Cavaco é uma merda de português que anda por ai e o génio da literatura, o qual admiro,apoia metodos de estado que devia denunciar ao mundo; como diz o nosso amigo Alexandre; vão todos para a puta que os pariu, porque comigo estes SENHORES, terão que passar por cima do cadáver do barbeiro, quando calam a humilhação do seu semelhante,Bom fim de semana com paz e coragem para aturar estes c...
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