domingo, 7 de abril de 2013

Pedro para a outra vez respeita o urinol

foto sacada daqui

É certo que o urinol,  esse confidente dos momentos mortos e pensamentos dispersos da humanidade masculina, reluzente na sua celestial brancura de porcelana, nota-se bem na foto,   preso aos  azulejos húmidos.
Mas,  era o urinol – e não tu Pedro -  que merecia estar em primeiro plano na foto.  
O urinol é o expoente máximo do design.
O urinol é um grito de libertação masculina - nem o cinto de castidade, nem a burqa, nem qualquer outro objecto alguma vez concebido pelo génio humano algum dia causou nas mulheres tamanho pavor e choque como o vulgar urinol.
Tudo isto,  porque elas sabem que o urinol é o nosso sagrado altar do ethos masculino e da nossa virilidade.
Numa época em que as mulheres nos roubaram as faculdades, os carros, o futebol, as calças, a cerveja, os palavrões, o urinol mantém-se como bastião inacessível de tudo aquilo que faz de nós o sexo forte.
O urinol é nosso, nunca será delas, pois  é impossível domesticá-lo, civilizá-lo, feminizá-lo.
O urinol é o nosso amigo franco e transparente.
O urinol é, enfim, um direito fundamental do homem, desde o dia em que a sua estatura lhe permite alcançá-lo até à algália.
Pedro, para a outra vez tem mais respeito - não tomes o lugar do urinol.
Essa maravilha da civilização tem de ser defendida e valorizada por nós,  os homens - é nosso  amigo e estandarte de masculinidade!

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