De harmonia com o Correio da Manhã, o colete salva-vidas usado pelo agente da Polícia Marítima, que morreu no passado dia 10 a tentar salvar os tripulantes de um veleiro naufragado à entrada da barra da Figueira da Foz, não funcionou.
O colete deveria abrir automaticamente ao entrar em contacto com a água, mas quando o corpo de Adriano Martins, 41 anos, foi retirado da água verificou-se que o equipamento não tinha sido accionado.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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