Duarte Silva, a cerca de mês e meio do final do segundo mandato à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, encontra-se claramente em dificuldades.
Sem Paulo Pereira Coelho e sem José Elísio, perdeu a maioria de que dispunha.
Como se vê, maioria absoluta, não é garantia de estabilidade governativa.
Verdadeiramente chocante, em mais este caso da maioria PSD, é que, casos destes, já não chocam ninguém. Nem quem os perpetra , como desta vez, Duarte Silva e José Elísio, nem quem deles tem conhecimento – o concelho.
Todavia, isto é grave, e é o resultado de um sentimento instalado por um executivo e por um Partido que, continuadamente durante quatro anos, não respeitou os seus eleitores e os habitantes do concelho da Figueira da Foz, não se respeitou a si próprio, patrocinando e avalizando episódios, mais ou menos burlescos, que de tantos e tão absurdos, acabaram por enformar a razão plausível daqueles que hoje dizem, à boca cheia, que a Figueira é um concelho desgovernado.
Este lamentável episódio poderá passar rapidamente ao esquecimento. Mas que envergonha e deveria fazer pensar, lá isso é verdade.
Estes últimos quatro anos de presidência do eng. Duarte Silva, mais do que um revés para o PSD local, constituíram um revés para o desenvolvimento da Figueira da Foz.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Não concordo. Foi, efectivamente, bem pior do que diz. E, sendo assim, espero que tenha um resultado a condizer com os últimos quatros anos.
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