sexta-feira, 3 de setembro de 2021

O "fofinho" Poiares Maduro, coordenador do programa eleitoral da candidatura de Pedro Machado...

Um dos grandes problemas em Portugal é que "tudo é contestado"», disse Poiares Maduro, um dia, lá pelos idos de 2013, no encerramento do ciclo de jantares promovidos pelo Clube de Imprensa, Centro Nacional de Cultura e Grémio Literário, subordinados ao tema "Portugal - o presente tem futuro?", deslumbrado por ser a genial aquisição, como ministro-adjunto, a meio da época, do governo liderado por Passos Coelho.

Segundo o genial coordenador da candidatura autárquica de Pedro Machado, o grande problema de Portugal não são as várias camadas de governantes ao serviço do capital, não são os rios de corruptos, ladrões e incompetentes que foram estando sentados nas cadeiras do poder, não é o desemprego esmagador, não é o colete de forças de um sistema de Moeda Única errado à partida, não é a sangria de jovens trabalhadores que emigram, indo criar noutros países a riqueza...
Nada disso! «Um dos grandes problemas em Portugal é que tudo é contestado!»
Ficamos a saber, então, que o concelho (quiçá, o País...) ideal de Poiares Maduro, seria aquele em que nada fosse contestado. Então qual é o incómodo do senhor Poiares Maduro, em 2021, no concelho da Figueira?
Na Figueira, em 2021, vivemos assim com Carlos Monteiro e este PS municipalista: nada pode ser contestado, nem colocado em causa... 
Já vivemos, antes do 25 de Abril de 1974, num País e num concelho assim. 
Mesmo nesse tempo, embora o senhor Poiares Maduro não deva estar lembrado, tudo era contestado por alguns... 
Com os resultados, para as vidas dos contestatários, que a História registou e que, alguns de nós, não esquecem.
Nesses tempos, negros e tenebrosos, enfrentando corajosamente a besta fascista, houve quem contestasse, sabendo o preço que poderia pagar por isso. 
E muitos pagaram... 
Porque não continuaríamos a contestar, agora, em 2021?
Um dos grandes problemas de Portugal, não será a proliferação de Poiares Maduros, com acesso, por "direito divino", a tribuna pública e sem que ninguém os conteste?

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