foto daqui |
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Todos os dias são bons para recordar Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" *
segunda-feira, 30 de agosto de 2021
Quem tem mandado na Figueira, tem mantido muito calado Manuel Fernandes Tomás...
Ultimamente, para aí nos últimos duzentos e tal anos, tirando um dia específico por ano, quem manda na Figueira, tem-no mantido calado.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE
FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE, nasceu há 234 anos.
domingo, 30 de junho de 2019
Via João Pedrosa Russo
Sacado daqui, com a devida e necessária vénia. |
Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" e a consciência cívica...
Na Figueira, sempre foi proibido questionar convenções.Quem o faz, é imediatamente alvo de campanhas de ostracização.
Se algo ameaça a postura convencional, então é porque é extremista, ou marginal, ou pior.
Assim, não é de surpreender que – talvez na Figueira mais do que em qualquer outra cidade - os génios sejam todos póstumos.
É biografia recorrente aquela que acaba por concluir que, em vida, a excelsa pessoa nunca foi compreendida ou admirada.
Manuel Fernandes Tomás foi preciso morrer na miséria e na amargura para postumamente lhe reconhecerem o devido valor.
Joaquim Namorado: “Tudo existe. O que se Inventa é a descrição”
Joaquim Namorado licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se ao ensino. Exerceu durante dezenas de anos o professorado no ensino particular, já que o ensino oficial, durante o fascismo, lhe esteve vedado.
Doutor (foi assim que sempre o tratei) - também sou um Homem coberto de dívidas.
Consigo e com o Zé, aprendi mais do que na escola: ensinamentos esses que deram sentido à minha vida, onde cabem a honra, a honestidade, a coragem, a justiça, o amor, a ternura, a fidelidade, o humor!
Mas, para Companheiros do barca nova nada há agradecer...
A luta por uma outra maré continua!..
Até sempre e parabéns pelos 105 anos, meu caro Doutor Joaquim Namorado.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Coisas que se fazem quando não há dinheiro para obra....
foto sacada daqui |
segunda-feira, 30 de outubro de 2023
Bicentenário da morte do político figueirense Manuel Fernandes Tomás vai ser assinalado
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
A felicidade de saber o que é a Liberdade
É o que muitas, pela vida fora, se limitam a continuar a apreciar.
A maior parte das pessoas que conheço, não notariam a falta de Liberdade, nem lutariam se a Liberdade não existisse.
Só se preocupa com a livre expressão de ideias quem tem ideias para exprimir.
Quem gosta de Liberdade, é uma minoria que gosta de exprimir ideias e de ter acesso às ideias dos outros.
O critério foi simples: a minha memória e algumas das minhas vivências e dos amigos que, na altura, colaboraram comigo.
A minha intenção foi clara e simples: "agradecer, corporizando na figura destas pessoas, a todos que sofreram horrores para hoje sermos livres em Portugal."
Em todos existia uma "unidade de propósitos, única forma de o combate poder ter êxito".
Recorda-los, é dar exemplos de coragem, de coerência e fidelidade aos valores e princípios democráticos. Muitas vezes, as reuniões realizavam-se com a Pide à porta do restaurante. Num dos anos, no restaurante “Tubarão”, um agente quis deter a Drª. Cristina Torres, que presidia ao jantar. Porém, não o conseguiu, tal foi o “barulho” que todos os presentes fizeram e os argumentos apresentados, o que levou o agente a pedir que, ao menos, se acabasse com a reunião.
Nesses encontros, por vezes, vinham até à nossa cidade democratas de fora da Figueira: de Coimbra, Orlando de Carvalho, de Leiria Vasco da Gama Fernandes, e de Arganil Fernando Vale, "que proferiam arrebatadores e entusiastas discursos, animando os democratas figueirenses a prosseguir na luta contra o fascismo.".
Foram tempos de grande agitação e valia política, em que os interesses pessoais eram sempre superados pelo desejo intenso de contribuir para tornar possível um Portugal livre e progressista.
Como disse o Dr. Luís Melo Biscaia, "defendiam-se ideais e havia unidade no combate a um regime assente na violência, na intolerância, na denúncia e perseguição dos que não apoiavam o chamado Estado Novo, na ignorância do povo, na atribuição de privilégios injustos, um regime que apostava em amarfanhar a alma nacional."
(Este texto foi publicado na Revista Óbvia, edição de Dezembro de 2022)
terça-feira, 24 de agosto de 2021
Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" e da consciência cívica...
Recordar Manuel Fernandes Thomaz, um figueirense que «fez à Pátria mui relevantes serviços, e morreu pobre» é uma obrigação de todos nós.Porém, a meu ver, não deve ser apenas no dia 24 de agosto de cada ano: hoje e sempre, "...vale a pena celebrar a liberdade, relembrar a biografia deste figueirense ímpar da História, a dimensão do corajoso e impoluto lutador pela liberdade, um homem livre, honrado e de bons costumes. O seu exemplo persiste e serve de referência ..." [palavras proferidas por José Guedes Correia. Jornal O Figueirense, 27/08/2010, p. 14]
A Figueira é uma terra cruel.
Foi preciso morrer na miséria e na amargura para, postumamente, reconhecerem o devido valor a Manuel Fernandes Tomaz...
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Na Figueira, 245 anos depois do seu nascimento, continua a ser necessário e oportuno recordar Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" e da consciência cívica...
Manuel Fernandes Thomaz morreu pobre, não tendo sequer deixado dinheiro para o seu próprio funeral, porque preconizava que os políticos deviam servir o Estado e não servir-se dele".
Nota de rodapé.
Ao vivo, escutei, olhei e registei.
Agora, ao ver a notícia no jornal, volto a escutar, a olhar e a registar.
Poderia dizer muita coisa.
Mas, hoje, não me apetece usar muitas palavras.
Fica o registo, apenas.
Hoje, deu-me para esta atitude púdica de voyeur...
Tento interpretar, sabendo que a realidade é difícil de definir.
Eu sei que irritar pessoas, mesmo políticos com altas responsabilidades no concelho, não é difícil.
Porém, tal como um presidente, por exemplo, se irrita, também há políticos que me irritam.
Sobretudo, quando dizem coisas que, do meu ponto de vista, não batem a bota com a perdigota...
Mais uma vez, cumpriu-se a tradição.
Fiquemos assim.
O que conclui de tudo isto, é a minha verdade.
Até que me provem que ando completamente enganado...
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Um dia, o presidente Ataíde vai perceber que o pecado capital da "sua" maioria foi "tentar asfixiar uma pessoa" para "poupar oxigénio"...
Aliás, para sermos mais precisos e em abono da verdade, os gestores da coisa pública é que se encarregaram de afastar os cidadãos.
Em nome do pragmatismo, a maioria absoluta conquistada por João Ataíde, em 2013, acreditou no sonho que todos aceitariam a suspensão da democracia, em nome do bem do concelho.
Foi assim: a segunda-feira, dia 4 de novembro de 2013, passou a ser uma data histórica na Figueira da Foz - foi o dia, desde que vivemos em democracia, em que, na nossa cidade, se realizou a primeira reunião da câmara à porta fechada.
Tal, registe-se, ficou a dever-se a uma imposição da maioria absoluta de João Ataíde obtida nas autárquicas do dia 29 de setembro de 2013.
Tamanho desencanto magoa muitos figueirenses - mas, ainda mais do que o desencanto, principalmente a crescente consciência dele...
Mas, se a política, enquadrada nos partidos, desapareceu da vida figueirense, sublinhe-se que toda a revolução começou sempre por ser individual, e está a acontecer no íntimo de muitos de nós, em cada minuto dos dias que passam.
Para as pessoas, as leis e os regulamentos que criam obstáculos à Liberdade, são como o oxigénio. As leis e os regulamentos que criam obstáculos à Liberdade - que foi o que a maioria absoluta de João Ataíde efectivamente fez... - mudam a qualidade e a pureza do oxigénio que permite que as pessoas respirem e vivam...
E as pessoas, nem que seja apenas por uma questão de sobrevivência, hão-de acabar por reagir, pois as pessoas não conseguem respirar com facilidade um oxigénio sem qualidade e altamente poluído.
É pelo pensamento que sempre começa a revolução.
Um dia, os figueirenses, vão acordar.
Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
terça-feira, 29 de novembro de 2022
«𝐓𝐞𝐫𝐜̧𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐏𝐨𝐞𝐬𝐢𝐚» 𝐜𝐨𝐦 𝐅𝐢𝐥𝐢𝐩𝐚 𝐋𝐞𝐚𝐥
A iniciativa é dirigida ao público em geral, tem entrada livre, contudo sujeita à
lotação da sala."
sábado, 25 de julho de 2020
OBRAS NA FIGUEIRA (viver aqui, litoral próspero de outros tempos, significa não ter tradição do exercício da cidadania, de lutas, muito menos manifestações. Aqui, registo um desfile de Abril. Quanto ao 1º de Maio: são sempre os mesmos, a reboque dos sindicalistas resistentes) 6
A Estação Ferroviária, inaugurada em 1882, data coincidente com a elevação da Figueira a cidade, suscitou uma expansão urbanística planeada que a ligou às praças, uma nova frente de rio de desenvolvimento planeado, com traçado ortogonal, segundo três eixos principais, as Ruas da República, Fernandes Tomás e Av. Saraiva de Carvalho. Juntamente com as praças, estas ruas constituem o que os figueirenses denominam de baixa da cidade.
Ao longo dos anos, com o crescimento da cidade para outras zonas mais periféricas, ou mais próximas da praia, esta baixa foi perdendo a sua dimensão comercial, a população residente ficou mais envelhecida, mantendo, contudo, a maioria dos serviços. Ciente da importância de inverter esta tendência, o município definiu um Programa Estratégico de Reabilitação Urbana para esta zona, ou seja, uma intervenção integrada de reabilitação urbana, visando precisamente a sua revitalização.
Desde então, motivados pelos incentivos municipais, foram já reabilitados mais de 400 edifícios privados, havendo em curso mais processos alavancados pelas novas políticas municipais de habitação. Queremos os edifícios devolutos reabitados.
Incentivam-se projetos de comércio e hotelaria, estando alguns já em obras ou em projeto. Promovem-se as “Lojas com História”, quase todas situadas nestas zonas antigas da cidade, havendo já mais de 15 candidaturas.
Entretanto, o município resolveu o problema das recorrentes cheias existentes na Rua da República, e na Rua 10 de Agosto, reabilitando todo o sistema de águas pluviais. Melhorou-se o terminal rodoviário e a estação da CP. Disciplinou-se e reformulou-se a circulação automóvel e rotunda e respetivas acessibilidades pedonais de ligação às ruas. Implementaram-se as bicicletas partilhadas que podem circular nas ciclovias adjacentes.
Tudo tendo sempre como objetivo geral a animação vivencial e a revitalização da baixa em particular."
Via Diário as Beiras
domingo, 14 de dezembro de 2014
Porque hoje é domingo, um momento de pausa para reflectir...
"Não enlevava os ouvidos, nem arrastava os ânimos com as torrentes da eloquência. Persuadia ou desarreigava! A frase quase nua e correcta, toda luz e força, partia directo ao alvo e feria-o no centro. Revelando todo o pensamento detestava as ampliações retóricas e os artifícios supérfluos. Não ornava a verdade: dizia-a". (Rebelo da Silva)
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia.
243 anos depois do seu nascimento, como entender que tivesse sido imposto por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias realizadas à porta fechada?..
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Citação Cultural
terça-feira, 10 de junho de 2014
Ciclismo na Figueira... (II)
fotos António Agostinho |
A tendência reprovável para pôr o desporto ao serviço do poder, do político ou de certas ideologias não surge apenas nas ditaduras (não é o caso do Estado Novo - Salazar desconfiava do desporto profissional e preferia a modesta "ginástica de formação"), mas também nas democracias.
Vai toda a distância entre o poder que fomenta e promove o desporto e o poder que põe o desporto ao seu serviço.
domingo, 25 de setembro de 2022
Figueira da Foz recorda José Saramago com exposição na Biblioteca
A Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás promove, deste sábado, 24 de Setembro, a 31 de Outubro, numa parceria com a Fundação José Saramago, a exposição «Voltar aos Passos que foram Dados», composta por 15 painéis que vão permitir encontrar ou reencontrar as obras e o legado cultural e cívico do escritor português.
Esta exposição, integra o programa das comemorações de elevação da Figueira da Foz a cidade e assinala o centenário do nascimento do autor, com selecção e composição de textos de Carlos Reis e Fernanda Costa, e design de André Letria, permitindo assim um contacto de iniciação ou de revisão com a literatura e o pensamento saramaguianos.
Esta “viagem” pela biografia literária de Saramago, representativa da ficção do séc. XX, que integra os conteúdos programáticos da disciplina de Português, no 3.º ciclo do ensino básico, no secundário e de vários estudos e projectos académicos, a nível nacional e internacional, é de entrada livre.
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
Faço minhas as palavras do Município e do Pedro Silva
Na Praça 8 de Maio, pelas 18.00, vamos hoje assinalar, condignamente, mais um aniversário da Revolução de 1820, que teve como baluarte aquele que é considerado o expoente máximo da liberdade, Manuel Fernandes Tomás, figueirense que, pela clareza de ideias e fulgor de exatidão nua e escorreita, é um inequívoco exemplo, em pleno séc. XXI."
Via Município da Figueira da Foz
Nota de rodapé.
A propósito deste post, faço minhas as palavras do Pedro Silva.
"Eu iria propor que o município desenvolvesse uma assinatura própria, inconfundível, que distinguisse as suas cruzes das do vândalo comum. É que se não ... caramba... arriscamos-nos a que a rede social possa ter um acordar menos bem humorado e reagir de forma algo intempestiva".
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Frederico Duarte de Carvalho
terça-feira, 17 de março de 2020
Da série, numa cidade de grandes manifestações culturais, a começar pelos grandiosos carnavais, é necessário alienar as pessoas com propaganda sobre "teatro municipal"? (2)
"O concelho da Figueira da Foz tem três auditórios municipais com condições para a realização de espetáculos desta tão nobre manifestação artística, o Teatro, que são, no Centro de Artes e Espetáculos Dr. Pedro Santana Lopes o Grande Auditório e o Pequeno Auditório “João César Monteiro”, e o Auditório integrado no edifício do Museu Municipal Santos Rocha/Biblioteca Pública Municipal Pedro Fernandes Tomás. Assim, para um concelho com esta dimensão populacional, pode pensar-se que, quer pensando em grandes espetáculos quer nos mais pequenos, a oferta municipal assegura a resposta às necessidades, mesmo considerando a excelente e contínua atividade dos vários grupos de teatro amador, reconhecida interna e externamente. No entanto, a questão colocada esta semana justifica-se pela lacuna ao nível de um auditório municipal que permita um espetáculo concebido para um palco e para uma assistência entre os cerca de 200/230 lugares dos dois últimos referidos acima e os cerca de 840 do primeiro, uma vez que a sala com as características requeridas é privada (Salão Nobre do Casino Figueira, que pode albergar até cerca de 600 pessoas sentadas). Colocada assim a problemática, falta responder às questões-base para que uma decisão possa ser bem tomada: a construção de um teatro municipal de média dimensão é estratégica, quer em termos culturais quer socioeconómicos? Já foi feito algum estudo que permita conhecer os custos relativos à sua construção e posterior exploração? Em caso de necessidade, não será mais avisado recorrer aos espaços privados existentes e/ou a existir (por exemplo o Coliseu Figueirense coberto e requalificado), e para isso criar e manter as condições de uma sã convivência, profícua para todas as partes envolvidas, tão difícil que foi ao longo de demasiado tempo? Neste caso, respondo positivamente à última questão, mesmo considerando que, a qualquer momento, podemos ser de novo informados que, afinal, o tantas vezes prometido e depois adiado Anel das Artes no areal vai mesmo sair da fase de propaganda camarária."
Via Diário as Beiras