sábado, 25 de junho de 2022

Tudo como dantes: continuo a pedalar a minha bicicleta...

No passado dia 23, publiquei esta memória (O dia em que conheci pessoalmente Pedro Santana Lopes) na minha página pessoal, no facebook. Foi um texto que se me soltou ao correr do teclado, a meu ver, inócuo e inofensivo. Passo a citar:

"Não estive no mesmo espaço físico com Pedro Santana Lopes, mais do que meia dúzia de vezes. 
Tenho inúmeros defeitos. Como, de resto, todos nós. Todavia, por enquanto, tenho memória.
Há 25 anos, Pedro Santana Lopes ganhou a presidência da câmara municipal da Figueira da Foz, com 60 por cento dos votos.
Há 25 anos, por esta altura do mês de Junho, andava Pedro Santana Lopes em pré-campanha eleitoral pela Figueira.
Há 25 anos, talvez a 28 ou 29 de Junho de 1997, estive com Pedro Santana Lopes, pela primeira vez, ao vivo. 
Foi no Largo da Capela, em S. Pedro, pouco antes da saída da procissão. 
Certamente que Pedro Santana Lopes não se deve recordar do episódio, mas a cena passou-se assim.
Estava um dia quente. Era domingo. A procissão em honra de S. Pedro estaria prestes a sair da Capela para ir percorrer as ruas da Cova e Gala. Eu, mais alguns amigos, seriam cerca de 4 da tarde, estávamos no largo frente à Capela, junto a uma roloute, a beber um fino. Pedro Santana Lopes passou por nós e cumprimentou-nos. Apertou a mão a todos. 
Também a mim. Notei um pormenor: Santana Lopes era humano como eu - estava nervoso e pouco à vontade. 
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes "tem os seus carmas, as suas contrariedades para ultrapassar, os seus pecados para descontar."
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes, "pode ter dado trambolhões, ter-se distraído e saído da estrada, mas, na essência, tem vindo pela estrada da sua vida."
Pedro Santana Lopes, no fundo, quer pouco: "quer ser feliz. Quer sentir-me realizado."
Estou em crer, que essa vitória de Pedro Santana Lopes em 1997, mudou o rumo da sua vida, mas mudou também  a nossa vida,  enquanto figueirenses e moradores no concelho da Figueira da Foz.
Esteve 4 anos como presidente da autarquia figueirense e, por aqui, nunca mais nada foi como anteriormente.
Os seus admiradores dizem que Santana Lopes, como autarca figueirense, deixou obra feita no concelho. Os mais entusiastas, consideram-no mesmo o melhor presidente de câmara que passou pela Figueira.
Não é essa a minha opinião: a meu ver o melhor presidente que passou pela autarquia da Figueira foi o eng. Coelho Jordão.
Mas também tem detratores.
Reconheço em Santana Lopes  virtudes. Como, presumo, tal como eu, não ter  suportado a ideia de ter tido Cavaco Silva como Presidente da República.
Volvidos 24 anos, Santana voltou a concorrer à Figueira da Foz e voltou a ganhar. 
Com um "resultado fantástico", mas sem maioria. Todavia, “ganhar naquela circunstâncias foi uma proeza sem igual”. 
Está no poder há pouco mais de 8 meses. As pessoas podem não gostar de Pedro Santana Lopes, porém, têm de reconhecer que é capaz de tomar opções mesmo quando elas o prejudicam. Só por acreditar e achar que é esse  o seu dever.
E é um ser humano, tal como nós: tem humores, nervos, sentimentos e dúvidas..."

Veio alguma malta, também a do Viso, acusar-me de tudo e de "mais um par de botas". Normal. Já estou habituado. 
Ontem, porém, houve algo de diferente.
Via Fernando Campos.
"Parabéns. Se me tivessem contado eu não acreditava. Mas eu li, reli, tresli, reconheço – e concedo: nunca vi lamber um cu com tanta proficiência, tanto esmero, tanto gosto, sei lá, tanta jactância. Isto é uma peça autêntica “de antologia”.
Bravo. Nada subtil mas ao mesmo tempo com um jenesécoá de “não fazer fazendo” que, confesso, se fosse eu o cágado engraxado (ou se fosse meu o cu lambido) estaria desvanecido e considerando.
Já como simples espectador (não tendo nada a ver - nem a haver - com isto) estou apenas embaraçado. Confesso que nem sei onde me meter. E tinha que o dizer. Mas é só.
Em todo o caso, boa sorte."

Continuam a existir pessoas que têm tantas certezas sobre tudo, que já só verdadeiramente toleram escritos que vão ao encontro do que já pensam.
Tudo o resto é motivo para lançarem a sua lama. Sem especificar. Sem demonstrar. Sem esclarecer.  
Pelos vistos, o rigor analítico também não é sinónimo de honestidade intelectual. 
Dou isso de barato. Se quiserem mesmo de borla.  
Para muitos, Lenine e Marx é tudo, mais ou menos, o mesmo. Mais pormenor, menos pormenor, mais 50 anos, menos meio século, mais diz que disse, ou menos diz que disse, vai dar tudo ao mesmo. 
O que interessa é dar jeito ao se quer escrever.
Estou habituado a coisas destas há muitos, muitos anos. Vinda de tipos de esquerda e de direita. A uni-los, sempre  a mesma coisa: a boçalidade. 
Desde 1980, nos tempos do Barca Nova. Nos últimos 16 anos, por causa do OUTRA MARGEM.
Eu estou onde sempre estive: o exercício da cidadania e a actividade política nunca foram, para mim, um modo de vida, mas apenas uma vida em modo de serviço público. 
Sempre temporário. 
O poder político, só ganha com alternâncias e perde muito com permanências absolutas e longas em cargos de eleição ou nomeação.
Sempre pensei assim. E assim continuo a pensar.
A oposição, em democracia representativa, terá de ser feita, em primeiro lugar, pelos partidos políticos.
Deixo uma questão em jeito de pergunta: até ao momento, alguém conhece uma conferência de imprensa, algum comunicado ou alguma tomada de posição partidária, e pública,  em relação à gestão de Santana Lopes à frente da Câmara, nesta sua segunda passagem como presidente da Figueira da Foz e do seu concelho?
E já lá vão 8 meses de mandato...

A minha página do facebook, é a minha página. Só lá vai quem quer.
É a minha página, onde expresso as minhas opiniões, sensações, afectos, desilusões, ilusões, emoções.
Só não publico "estados de alma", porque não tenho "estados de alma".
Quem não gostar do que escrevo - e se isso, porventura, incomodar - não vejo motivo para continuar a lá ir.
É tão simples como isso.
Como não publico os meus "estados de alma", porque não os tenho, presumo que a minha página no facebook não será o local indicado para outros irem postar "estados d´ alma".

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