segunda-feira, 20 de junho de 2022

Nas nossas páginas escrevemos sobre o que queremos: ninguém é obrigado a ler

«JÁ AGORA», por Luís Osório

"É impressionante o modo como algumas pessoas reagem quando falam de política ou de futebol – mais ainda do que de religião. De repente, parece que existe uma polémica por ainda não ter escrito sobre obstetras, a ministra e o SNS.
Publiquei ontem um postal sobre uma enorme figura (Carlos Pinto Coelho), um texto que o recorda e nos puxa um bocadinho para cima e vêm umas pessoas em cima desse texto criticar-me por ainda não ter escrito o que eles e elas querem que eu escreva. Na sua cabeça não o faço por ter uma panelinha com o governo, o que é extraordinário – se a tivesse já teria escrito um texto a defender Marta Temido, certo?
Mas o importante não é isso.
Continuam a existir pessoas que têm tantas certezas sobre o mundo que só verdadeiramente toleram as opiniões que vão ao encontro do que já pensam, tudo o resto é motivo para lançarem a sua lama.
Vamos lá a ver, deixo três pequenas notas.
A primeira, esta é a minha página que contém as minhas opiniões, sensações, afetos, desilusões. Escrevo sobre o que me apetece e tento que sejam textos e posts que possam contribuir para pensar e nos unir – mesmo quem de mim não concorde.
A segunda, não escrevi sobre o muito caso grave nos hospitais por ainda não ter percebido o que se passou – a razão para que tantos hospitais terem tido problemas ao mesmo tempo, as culpas do governo, o papel dos sindicatos ou da Ordem dos Médicos. Não me é claro quem tem a culpa e como aconteceram as coisas e se desencadeou a tempestade perfeita. Se chegar a alguma conclusão escreverei, se não acrescentar nada à discussão não escreverei.
Ao contrário do que alguns talvez achem, eu preparo-me e levo a sério, por respeito a mim e a quem me lê, o trabalho que faço nesta página.
Em terceiro lugar, por respeitar muito o que faço e os sacrifícios que faço, não tolerarei faltas de educação ou sacanices. Não hesitarei em bloquear pessoas que não me respeitam, não há nenhum motivo para me continuarem a ler."

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