09.12.2021, é o dia em que se completam seiscentos e vinte e nove (629) anos do nascimento, em 09.12.1392, do Infante Dom Pedro: Dom Pedro de Avis e Lancaster (1392-1449), o "Infante das Sete Partidas do Mundo" e de Alfarrobeira… Duque de Coimbra, e Senhor de Montemor e de Buarcos; de Aveiro, Ílhavo e Sá; de Mira, de Tentúgal, de Penela, e de muitas outras terras da Beira Litoral (Ducado de Coimbra), em Portugal; e Markgraf de Treviso, em Itália.
O Regente da Coroa de Portugal, no século XV (na célebre “Época dos Descobrimentos”, de cujo incentivo e apoio foi, de facto, o verdadeiro responsável…), o Regente que então tentou, malogradamente, enfrentar o Feudalismo português e construir a modernidade. Criar um Futuro para o seu país: salvá-lo do subdesenvolvimento, da pobreza, da ignorância e do bloqueamento estrutural (económico, social, político e cultural) em que esse país veio depois a ser asfixiado, e sepultado, secularmente, para sempre.
O Infante Dom Pedro das "Sete Partidas do Mundo" e de Alfarrobeira é a figura histórica mais notável e interessante, a mais significativa e simbólica — e, por isso, também, a mais fascinante (e, ainda e sempre, injustiçada…) — de toda a História de Portugal… Em nove séculos de História...
O Regente Infante Dom Pedro veio a ser o inspirador (o avô, assassinado) do seu neto de sangue, herdeiro patrimonial (Casa e Ducado de Coimbra/Beira Litoral), e herdeiro político: o seu neto que veio a ser o maior Rei e o maior governante de sempre, e para sempre, da História de Portugal… O Rei “Príncipe Perfeito” Dom João II, “próprio e verdadeiro coração da República”… “dos seus povos mui querido, e dos grandes mui temido”…
É por isso que a figura histórica do Infante Dom Pedro — assassinado e comido pelos cães em 1449, há quinhentos e setenta e dois (572) anos… — está viva, hoje, em 2021, e assim vai continuar para sempre (enquanto tantos pantomineiros e tantos mortos-vivos por aí vão continuando a fingir que têm o que dizer e que são “historiadores”…).
Esse Infante e Regente do século XV fala por si próprio… (e assim vai continuar, para sempre…). E o que ele diz — curto e grosso… em poucas palavras… apontado ao coração… — está, e vai continuar a estar, para sempre, no cerne das questões e no âmago dos problemas… Parece que foi escrito ontem à noite, ou hoje de manhã…
Ora aqui vai, uma série de “tweets” — na sua maior parte, incluídos na sua “Carta de Bruges”, de 1426... e no seu livro da "Virtuosa Benfeitoria”, de c.1431... e na sua lápide de pedra da fundação da sua Universidade de Coimbra (a verdadeira…), de c.1443… (e, muitos deles, depois disso antologiados no livro A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses, de Alfredo Pinheiro Marques, “o livro que mudou para sempre a História dos Descobrimentos e a História de Portugal”, em 1995…).
O Regente da Coroa de Portugal, no século XV (na célebre “Época dos Descobrimentos”, de cujo incentivo e apoio foi, de facto, o verdadeiro responsável…), o Regente que então tentou, malogradamente, enfrentar o Feudalismo português e construir a modernidade. Criar um Futuro para o seu país: salvá-lo do subdesenvolvimento, da pobreza, da ignorância e do bloqueamento estrutural (económico, social, político e cultural) em que esse país veio depois a ser asfixiado, e sepultado, secularmente, para sempre.
O Infante Dom Pedro das "Sete Partidas do Mundo" e de Alfarrobeira é a figura histórica mais notável e interessante, a mais significativa e simbólica — e, por isso, também, a mais fascinante (e, ainda e sempre, injustiçada…) — de toda a História de Portugal… Em nove séculos de História...
O Regente Infante Dom Pedro veio a ser o inspirador (o avô, assassinado) do seu neto de sangue, herdeiro patrimonial (Casa e Ducado de Coimbra/Beira Litoral), e herdeiro político: o seu neto que veio a ser o maior Rei e o maior governante de sempre, e para sempre, da História de Portugal… O Rei “Príncipe Perfeito” Dom João II, “próprio e verdadeiro coração da República”… “dos seus povos mui querido, e dos grandes mui temido”…
É por isso que a figura histórica do Infante Dom Pedro — assassinado e comido pelos cães em 1449, há quinhentos e setenta e dois (572) anos… — está viva, hoje, em 2021, e assim vai continuar para sempre (enquanto tantos pantomineiros e tantos mortos-vivos por aí vão continuando a fingir que têm o que dizer e que são “historiadores”…).
Esse Infante e Regente do século XV fala por si próprio… (e assim vai continuar, para sempre…). E o que ele diz — curto e grosso… em poucas palavras… apontado ao coração… — está, e vai continuar a estar, para sempre, no cerne das questões e no âmago dos problemas… Parece que foi escrito ontem à noite, ou hoje de manhã…
Ora aqui vai, uma série de “tweets” — na sua maior parte, incluídos na sua “Carta de Bruges”, de 1426... e no seu livro da "Virtuosa Benfeitoria”, de c.1431... e na sua lápide de pedra da fundação da sua Universidade de Coimbra (a verdadeira…), de c.1443… (e, muitos deles, depois disso antologiados no livro A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses, de Alfredo Pinheiro Marques, “o livro que mudou para sempre a História dos Descobrimentos e a História de Portugal”, em 1995…).
Uma série de “tweets”, com poucas palavras… desse tal Pedro de Avis e Lancaster…
SOBRE A INSUSTENTABILIDADE E O O SUBDESENVOLVIMENTO PORTUGUÊS (1448):
Portugal, segundo bem sabeis, não é para suportar isto; e se esta prática vai em diante segundo se ora começa, não creio que seja muito serviço del-Rei meu Senhor nem proveito dos seus Reinos.
SOBRE O FEUDALISMO E A CORRUPÇÃO EM PORTUGAL (1448):
O que principalmente danou estes feitos foi, e é, quererem em estes Reinos usar das práticas de Castela [o Feudalismo], e todos por seu proveito, e cada um levar sua enxavata [roubar o seu bocado].
SOBRE A JUSTIÇA, E A SUA INEXISTÊNCIA EM PORTUGAL (1426):
A Justiça tem duas partes. Uma é dar a cada um o que é seu. E a outra dar-lho sem delonga. E, ainda que eu cuido que em vossa terra igualmente falecem, da derradeira sou bem certo.
SOBRE A DEMORA DA (NÃO) ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA EM PORTUGAL (1426):
Faz tão grande dano, em vossa terra, que, em muitos feitos, aqueles que tarde vencem ficam vencidos.
SOBRE A HONESTIDADE, A ISENÇÃO E A TRANSPARÊNCIA NA GOVERNAÇÃO DO PAÍS (1431):
Um só cuidado devem ter os Príncipes, que é guardar em todas suas obras o proveito dos súbditos, e esquecer os próprios desejos.
SOBRE A FALTA DE EQUILÍBRIO E DE JUSTIÇA SOCIAL NA GOVERNAÇÃO DO PAÍS (1431):
Outro mandado [para os Príncipes] é que por tal maneira curem eles o corpo da comunidade que em dando saúde a uma parte não desamparem o todo. Disto se usa agora muito o contrário.
SOBRE O EXCESSO DE CLÉRIGOS E DE PRELADOS EM PORTUGAL (1426):
Vós sabeis, Senhor, quão pouco serviço de Deus é, e grande embargo à vossa Justiça, os muitos clérigos de ordens menores, assim como os Prelados, que agora são.
SOBRE A CORRECÇÃO DA UNIVERSIDADE (1426):
A Universidade da vossa terra devia ser emendada.
SOBRE A ESTUPIDEZ, A IGNORÂNCIA E O DILETANTISMO (1443):
Odeio os homens estúpidos, e as suas obras ignorantes, ou nas quais não se encontra qualquer utilidade.
[Lápide da fundação da verdadeira Universidade criada em Coimbra, em 1443, pelo Infante Dom Pedro].
SOBRE A EDUCAÇÃO, E A CONSTRUÇÃO DO FUTURO, COM BASE NO PASSADO (1443):
Segue-me, e não te deixarei viver na servidão, nem morrer na pobreza. Porque a experiência me gerou e a memória me deu à luz. Os Gregos chamam-me Sophia; e eu Sabedoria.
[Lápide da fundação da verdadeira Universidade criada em Coimbra, em 1443, pelo Infante Dom Pedro].
SOBRE A CORRECÇÃO DOS RELIGIOSOS E DOS SEUS SUPERIORES (1426):
Se eles não trabalham por serem entendidos e honestos e sisudos, vós podeis mandar chamar os seus maiores, e dizer-lho, e se virdes que levam o feito acima e não curam um Prelado, que vós o mandeis tirar. E dizer ao Provincial e Ministro que assim fareis a ele, ou que [só] não tomais tal cuidado com eles senão pela grande afeição que a eles haveis.
SOBRE O MAR, A MARINHA, E OS FEITOS DO MAR (1446):
(…) Maravilhosas coisas são os feitos do mar, e assinaladamente aqueles que fazem os homens em maneira de andar sobre ele por mestria e arte, assim como nas naus e galés e em todos os outros navios mais pequenos. (…)
("Ordenações Afonsinas" [mandadas preparar, e promulgadas, em 1446, em nome do Rei criança seu sobrinho, pelo Regente Infante Dom Pedro Duque de Coimbra, Senhor de Montemor, Buarcos, Mira, Aveiro, Ílhavo e Sá, etc.], Título LIIII - "Do Almirante, e do que pertence a seu ofício”)
SOBRE PORTUGAL E O SEU DESTINO: CONTRA O COLONIALISMO PORTUGUÊS EM ÁFRICA (1436):
(…) Seria torpe comparação, como de quem perdesse boa capa por mau capelo, pois era certo perder-se Portugal e não se ganhar África. (…)
SOBRE A REPRESENTAÇÃO DO POVO JUNTO DO PODER EM PORTUGAL (Carta de Bruges, 1426):
Em este Conselho, como na vossa Relação, me parece que devíeis ter homens de todos os estados da vossa terra, assim de clerezia, como de fidalgos, e do povo, para vos aconselharem.
SOBRE A INSUSTENTABILIDADE E O O SUBDESENVOLVIMENTO PORTUGUÊS (1448):
Portugal, segundo bem sabeis, não é para suportar isto; e se esta prática vai em diante segundo se ora começa, não creio que seja muito serviço del-Rei meu Senhor nem proveito dos seus Reinos.
SOBRE O FEUDALISMO E A CORRUPÇÃO EM PORTUGAL (1448):
O que principalmente danou estes feitos foi, e é, quererem em estes Reinos usar das práticas de Castela [o Feudalismo], e todos por seu proveito, e cada um levar sua enxavata [roubar o seu bocado].
SOBRE A JUSTIÇA, E A SUA INEXISTÊNCIA EM PORTUGAL (1426):
A Justiça tem duas partes. Uma é dar a cada um o que é seu. E a outra dar-lho sem delonga. E, ainda que eu cuido que em vossa terra igualmente falecem, da derradeira sou bem certo.
SOBRE A DEMORA DA (NÃO) ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA EM PORTUGAL (1426):
Faz tão grande dano, em vossa terra, que, em muitos feitos, aqueles que tarde vencem ficam vencidos.
SOBRE A HONESTIDADE, A ISENÇÃO E A TRANSPARÊNCIA NA GOVERNAÇÃO DO PAÍS (1431):
Um só cuidado devem ter os Príncipes, que é guardar em todas suas obras o proveito dos súbditos, e esquecer os próprios desejos.
SOBRE A FALTA DE EQUILÍBRIO E DE JUSTIÇA SOCIAL NA GOVERNAÇÃO DO PAÍS (1431):
Outro mandado [para os Príncipes] é que por tal maneira curem eles o corpo da comunidade que em dando saúde a uma parte não desamparem o todo. Disto se usa agora muito o contrário.
SOBRE O EXCESSO DE CLÉRIGOS E DE PRELADOS EM PORTUGAL (1426):
Vós sabeis, Senhor, quão pouco serviço de Deus é, e grande embargo à vossa Justiça, os muitos clérigos de ordens menores, assim como os Prelados, que agora são.
SOBRE A CORRECÇÃO DA UNIVERSIDADE (1426):
A Universidade da vossa terra devia ser emendada.
SOBRE A ESTUPIDEZ, A IGNORÂNCIA E O DILETANTISMO (1443):
Odeio os homens estúpidos, e as suas obras ignorantes, ou nas quais não se encontra qualquer utilidade.
[Lápide da fundação da verdadeira Universidade criada em Coimbra, em 1443, pelo Infante Dom Pedro].
SOBRE A EDUCAÇÃO, E A CONSTRUÇÃO DO FUTURO, COM BASE NO PASSADO (1443):
Segue-me, e não te deixarei viver na servidão, nem morrer na pobreza. Porque a experiência me gerou e a memória me deu à luz. Os Gregos chamam-me Sophia; e eu Sabedoria.
[Lápide da fundação da verdadeira Universidade criada em Coimbra, em 1443, pelo Infante Dom Pedro].
SOBRE A CORRECÇÃO DOS RELIGIOSOS E DOS SEUS SUPERIORES (1426):
Se eles não trabalham por serem entendidos e honestos e sisudos, vós podeis mandar chamar os seus maiores, e dizer-lho, e se virdes que levam o feito acima e não curam um Prelado, que vós o mandeis tirar. E dizer ao Provincial e Ministro que assim fareis a ele, ou que [só] não tomais tal cuidado com eles senão pela grande afeição que a eles haveis.
SOBRE O MAR, A MARINHA, E OS FEITOS DO MAR (1446):
(…) Maravilhosas coisas são os feitos do mar, e assinaladamente aqueles que fazem os homens em maneira de andar sobre ele por mestria e arte, assim como nas naus e galés e em todos os outros navios mais pequenos. (…)
("Ordenações Afonsinas" [mandadas preparar, e promulgadas, em 1446, em nome do Rei criança seu sobrinho, pelo Regente Infante Dom Pedro Duque de Coimbra, Senhor de Montemor, Buarcos, Mira, Aveiro, Ílhavo e Sá, etc.], Título LIIII - "Do Almirante, e do que pertence a seu ofício”)
SOBRE PORTUGAL E O SEU DESTINO: CONTRA O COLONIALISMO PORTUGUÊS EM ÁFRICA (1436):
(…) Seria torpe comparação, como de quem perdesse boa capa por mau capelo, pois era certo perder-se Portugal e não se ganhar África. (…)
SOBRE A REPRESENTAÇÃO DO POVO JUNTO DO PODER EM PORTUGAL (Carta de Bruges, 1426):
Em este Conselho, como na vossa Relação, me parece que devíeis ter homens de todos os estados da vossa terra, assim de clerezia, como de fidalgos, e do povo, para vos aconselharem.
- Alfredo Pinheiro Marques, A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses, Figueira da Foz: Centro de Estudos do Mar, 1994 [1995] (Dep. Legal 84110/04, ISBN 972-8289-00-6) (sobre a “Carta de Bruges” de 1426, pp. 52-53; sobre o “Livro da Virtuosa Benfeitoria” de c.1431, pp. 54-59
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