“Folclore é o conjunto de tradições e manifestações populares constituído por lendas, mitos, provérbios, danças e costumes que são passados de geração em geração”.
Esta é talvez uma das definições que melhor refletem o seu verdadeiro significado. E de onde se conclui sobre o profundo respeito que devemos a todos aqueles que, ao longo de gerações, se dedicaram honestamente a contribuir para o estudo e a divulgação de tais tradições.
Sabe-se que também tem havido muito quem se tenha servido do folclore para outras finalidades mas não é esse tipo de folclore sobre que pretendo agora discorrer. É que o termo é também utilizado para enquadrar atitudes fantasiosas, justificar mentiras e invenções ou espantosas reviravoltas. Com algumas assertivas exceções, nunca na verdade praticamente alguém quis saber da preservação dos terrenos do horto e do parque de campismo, apesar da responsabilidade ser de todos nós (uns mais que outros, como é claro).
Porém, a forma como o assunto está a ser tratado é bem um exemplo da época que se avizinha. Independentemente do que cada um pense acerca da preservação do terreno ou da sua utilização para instalação de mais superfície comercial, o facto é que se percebe claramente que o assunto já sobe ao palco onde se irá a exibir a representação. Se as recentes declarações do presidente acerca do assunto conduzirem à preservação do terreno, ainda assistiremos a mais cambalhotas. Vem aí o espetáculo!
Daniel Santos, na sua habitual crónica das quartas-feiras no jornal AS BEIRAS.
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