António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 5 de maio de 2017
A beleza de sentir
Esta canção, é um clássico do reportório do cantor/autor, reconhecido “comuna”, que dava pelo nome de Jean Ferrat.
“Aimer à perdre la raison”, com versos de Louis Aragon, imenso poeta e, também ele, um “comuna empedernido”.
Se há coisa que se vê, com um mínimo de atenção, é o que se sente.
A menos que se esteja a esconder propositadamente.
E o que se tem de esconder, se não for o que se tem vergonha de se mostrar?
Em casos raros esconde-se o que se quer só para si. Que o mesmo é escrever: aquilo a que se dá extremo valor.
Ali Babá escondia.
Não só por ser tesouro, mas sobretudo por ter sido roubado...
Sabemos isso tão bem - desde pequeninos...
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