"O carapau poderia ser a
alternativa por excelência à
sardinha, mas “não vende”.
Em vez de ficarmos de braços
cruzados, poderíamos agir.
Os nossos eleitos poderiam
ter a iniciativa de mobilizar as
nossas associações para promover
carapau.
Por exemplo,
com a verba que se vai pagar
o próximo espectáculo do
Emanuel, poderia contratar-se
três ou quatro chefes
nacionais para promover um
concurso, um livro de gastronomia
ou um festival dedicado
ao carapau.
É apenas uma
ideia e deverão existir por aí
outras bem melhores."
Em tempo.
A ideia é de Rui Curado da Silva.
Foi exposta na sua habitual crónica das quintas-feiras no jornal AS Beiras.
Para ler melhor a crónica basta clicar em cima da imagem.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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