segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Olhando o Mar e o Joaquim Gil*

«Conheci o Joaquim Gil quando ele colaborou com a FGT, durante o período que presidi ao Conselho de Administração daquela Empresa Municipal. Ficámos amigos e eu sou-lhe grato pelas críticas que me fez, pelos conselhos que me deu e pelos bons momentos que passámos juntos. Apesar de não ser natural da Figueira, adoptou esta terra como sua e emprestou-lhe as suas distintas capacidades humanas e intelectuais. Foi um livre pensador, dotado de uma inteligência notável, que partilhava, de forma natural e espontânea, com todos aqueles com quem convivia e com todos os que seguiam os seus espaços de comentário e opinião, escritos e falados. Inteligência que lhe permitia ser dono de um sentido de humor notável, muitas vezes desconcertante, mas pleno de cabimento. Era o exemplo de como uma pessoa pode facilmente adaptar-se a uma comunidade e intervir assiduamente na mesma. Encarnou sempre de forma assertiva e esclarecida a liberdade de expressão, com envolvimento na comunicação social e assertividade na forma de transmitir informação e opinião aos figueirenses. Certamente não terá agradado a todos, mas também nunca foi essa a sua preocupação. Preocupou-se apenas em respeitar a sua consciência e ser fiel a si mesmo, o que aliás alcançou. Onde quer que seja, continuará “Olhando o Mar”.»

* Uma crónica de Miguel Almeida, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.

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