imagem sacada daqui |
Considerada, a
partir de finais do século XIX,
um paraíso sobretudo para
turistas espanhóis, a Figueira, da altura, tinha nas actividades
ligadas ao mar a sua fonte de sustentação -
além da actividade turística, tinha a
pesca, a indústria conserveira e a exploração das salinas.
No
interior do concelho a agricultura de subsistência e a pecuária ajudavam a dimensionar o escasso orçamento familiar.
Aos
poucos, a Figueira começou, graças às suas excelentes
condições naturais e climáticas, a entrar no roteiro de viajantes
e turistas. À nossa dimensão, começaram a surgir
hotéis, pensões e o Casino, e a Figueira vai percebendo que o
turismo é uma actividade com retorno económico.
Aqui,
para nossa desgraça, tivemos, porventura o primeiro erro histórico:
a Figueira deixou, desde muito cedo, que fosse o turismo a ditar o
desenvolvimento e não o desenvolvimento do concelho e da região a potenciar a
actividade turística.
A
Figueira quis ser uma cidade da moda e foram-se copiando
alguns dos piores exemplos em matéria de urbanismo e ordenamento do
território.
Locais,
como nos últimos anos a minha Aldeia, Murtinheira e Buarcos,
para além da cidade, ficaram transformados em autênticas urbes sem
qualidade e esteticamente reprováveis. Começa a surgir a venda de
apartamentos, a construção civil torna-se na segunda ou terceira
actividade da região.
Foi
a partir da década de 80 do século passado que se cometeram os
maiores atentados na sustentabilidade do meio ambiente na cidade e no concelho.
Em 1997, quando Santana Lopes chegou à Figueira, já o declínio da cidade era evidente.
Em 1997, quando Santana Lopes chegou à Figueira, já o declínio da cidade era evidente.
Com
custos terríveis para a Figueira, em termos de endividamento
camarário, promoveu algumas iniciativas que, depois, os amigos da
comunicação social nacional promoviam até à exaustão, o que marcou uma viragem na forma de encarar o turismo e acabou por dar uma imagem falsa – a de que Santana tinha vindo
colocar de novo a Figueira na moda.
Foi
o segundo erro histórico cometido na Figueira.
E
chegámos até aqui: ao retorno ao turista português e a Belmonte...
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