Como
é natural, as conversas desconcertantes sobre as eleições do
passado domingo na Aldeia continuam...
Os
partidos já emitiram as suas opiniões sobre os resultados, conforme tomaram conhecimento através deste espaço...
Entretanto,
passaram 4 dias e tenho ainda algumas dificuldades em compreender o modo de pensar da
maioria dos poucos covagalenses que se dignaram ir votar nas
intercalares do passado domingo.
Há
muito que deixei de ferver em pouca água. Limito-me, por isso, nos
locais públicos que frequento na Aldeia, a ouvir mais do que
falar.
Toda a gente diz muita coisa, sobretudo dá palpites - que os políticos são péssimos, que são todos o mesmo, que a sua preocupação com o povo português é conversa fiada...
Toda a gente diz muita coisa, sobretudo dá palpites - que os políticos são péssimos, que são todos o mesmo, que a sua preocupação com o povo português é conversa fiada...
Mas,
quando alguém aborda a questão da eventual substituição desta
gente, que se anda a perpetuar no poder há mais de 40 anos, por
outra gente, rapidamente vê a gente que somos.
É fácil colocar quase todos a concordar no seguinte: a falta de qualidade desta gente.
As
dúvidas surgem, porém, logo a seguir: mas, se não forem eles, quem
colocamos lá?..
Os
covagalenses, tal como presumo os portugueses do resto do País,
gostavam de mudar, mas a vontade de mudar depressa se transforma em
receio.
Daí
ao conformismo, é apenas um pequeno passo...
No passado domingo, confrontada com a responsabilidade de escolher uma alternativa, a gente que gosta de dar palpites, preferiu encontrar razões para não mudar nada e manter tudo como dantes...
No passado domingo, confrontada com a responsabilidade de escolher uma alternativa, a gente que gosta de dar palpites, preferiu encontrar razões para não mudar nada e manter tudo como dantes...
É
este o bom e velho espírito de covagalense e português!
Na segunda-feira, na Figueira, fui confrontado por Amigos com os resultados em S. Pedro, no dia anterior.
Argumentei
com o óbvio: lembrei que a porcaria de governo que temos não
surgiu por obra e graça do Espírito Santo (bom, também deve ter
ajudado...), que fomos nós, o povo, quem escolheu esta gente que nos
governa.
Portanto,
a responsabilidade é nossa...
E,
como a Aldeia também é Portugal, ninguém acreditava na
possibilidade de deitar tudo fora e começar de novo – a começar
pelo PS, que, com esta gente, já sabe o que o espera...
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