quarta-feira, 29 de outubro de 2014

BYpass: 15 milhões para instalação? E quanto custa fazer a transferência das areias de norte para sul? Há viabilidade financeira e é eficaz? Então porque não avança?

Citando o SOS Cabedelo, "trata-se de um sistema composto por um pipeline sob o Mondego que transporta a areia com água por bombagem, do lado norte do Porto Comercial para as praias a sul. O Bypass proposto para a reposição da deriva litoral poderá também extrair a areia que se deposita no rio junto ao molhe norte, diminuindo os custos da dragagem da barra. O valor da sua construção, estimado em 15,0M€, poderá não se reflectir no custo efectivo considerando o proveito que pode advir da comercialização de parte da areia actualmente retida na praia da Figueira da Foz." 
Ao contrário do que muita gente possa pensar, a solução do bypass para resolver os problemas da erosão da orla costeira a sul da foz do estuário do Mondego, não é uma ideia nova nem original.
Já lá vão cerca de 40 anos, a meio da década de setenta do século passado, quando a erosão costeira assolou fortemente as praias da Cova-Gala em virtude da implantação dos molhes na barra da Figueira, realizou-se no Clube Mocidade Covense uma sessão com a população sobre o problema e, uma das soluções apresentadas, já nessa época, foi precisamente o tal bypass.
A ideia (e a promessa da altura) ficou no ar, até hoje.
Na altura, valeu às populações a intervenção dos militares do MFA e resolveu-se pontualmente o problema.
Passaram os anos, os erros cometidos na barra da Figueira continuaram -  apesar de todos os avisos, concretizou-se o aumento dos 400 metros do molhe norte...
Do bypass é que nada.
Há uns anos, o SOS Cabedelo recuperou a ideia.
Dada a gravidade do problema em questão está na hora de colocar as cartas em cima da mesa: quanto custaria o funcionamento do projecto do SOS Cabedelo? 
Há viabilidade financeira ou não para a concretização do projecto? 
Se é viável financeiramente e se é eficaz, porque não se faz?
O problema é grave, principalmente para quem vive na margem sul.
Portanto: deixem-se de demagogias, megalomanias e oportunismos - a intervenção actualmente em curso nos molhes é um exemplo disso - e tomem medidas viáveis e a sério.

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