António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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5 comentários:
Quem quer bons ministros vota neles... estão de parabéns os portugueses que votaram PS, revelaram-se verdadeiros patriotas, perdão humoristas.
Toda a gente de boa fé entendeu o que o Ministro queria dizer, embora fosse infeliz nas palavras usadas. No entanto, logo houve aproveitamento político do deslize, retirando-o, maldosamente do contexto. Mário Lino pode ter mil defeitos mas não é burro e ignorante, caramba!...
Que não é burro nem ignorante todos concordamos. Agora que tivesse sido infeliz toda a gente sabe que não foi o caso.
É que toda a gente, com excepção dos lorpas ou dos que nos querem fazer passar por tal, sabe que a falta de argumentos nos faz perder o controle de situações.
Foi o que, evidentemente, aconteceu.
A do Almeida Santos, presidente de todos os xuxas, também está muito boa: o areoporto tem de ser na OTA porque no sul há que atravessar pontes e os terroristas podem dinamitá-las.
Bem, ele não é parvo, disso tenho a certeza, faz é de nóa parvos.
Filhos...
O argumento de Almeida Santos é APENAS UM dos que sustentam a razão da opção OTA. Uma estrutura de comunicação internacional deve acautelar as questões de segurança estratégica. É elementar! Mas, repito, é apenas uma questão lateral. Não há porém, argumentação que promova, de forma consitente, outra localização que não a OTA. Estes estudos já remontam ao marcelismo que começaram por equacionar 19 locais que foram, sucessivamente, eliminados, até se chegar à "final" Rio Frio-OTA, em 1999.
Agora, na recta final da adjudicação é que os lobies finaceiros, em desepero, lançaram a campanha da descredibilização de um projecto que atravessou regimes, governos de várias cores e Presidências da República.
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