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domingo, 30 de junho de 2024

Ministério Público e Processo Penal: Erros e equívocos

por António Garcia Pereira

"Foi, enfim, lançado o tão necessário debate público sobre o que é hoje o Processo Penal em Portugal e qual o papel nele desempenhado pelo Ministério Público (MP), muito por mérito do “Manifesto dos 50” (que são já mais de 100, nos quais tenho a honra de me incluir), não obstante todos os desesperados, e até caluniosos, esforços por parte da imprensa “amiga” do MP para o procurar desacreditar. 

Estão, assim (e finalmente), (re)colocadas correctamente as questões essenciais: são a Liberdade e Democracia que são gravemente postas em causa quando se admite que o Processo Penal possa ser, como tem sido, convertido ou pelo menos utilizado como instrumento de abate de adversários políticos e/ou de cidadãos incómodos e quando se permite que, em qualquer sector da sociedade, haja poderes incontroláveis e incontrolados, cujos titulares acham e proclamam que, quais auto-investidos guardiões da moralidade pública, estão acima dos cidadãos comuns e que, com tanta altivez quanta irresponsabilidade, não têm que prestar contas a ninguém pelo que fazem ou deixam de fazer.

Contudo, para pôr cobro a este estado de coisas não basta – embora esse seja um primeiro e muito importante passo a dar – ousar denunciá-lo publicamente. É preciso também desmontar as violações, algumas grosseiras, da Constituição, bem como os erros e os equívocos em que se funda o discurso legitimador com base no qual foi sendo construído e justificado o autêntico “Estado dentro do Estado” em que o MP foi sendo transformado. Aqui fica, pois, um modesto contributo para essa mesma desmontagem, tão necessária quanto urgente.

1.º O Ministério Público não é Poder Judicial 

Um dos argumentos normalmente usados para procurar abafar críticas, sob o pretexto de que com estas se estaria a atacar a independência dos Tribunais, é o de que o MP integraria o Poder Judicial. Mas não é de todo assim! Nos termos da Constituição[1], os órgãos de soberania são os Tribunais e estes são os órgãos do Estado, dotados de independência, em que um ou mais juízes procedem à administração da Justiça em nome do Povo. Ou seja, a função jurisdicional pertence aos juízes, e os Tribunais – onde, aliás, se incluem não só os elementos do MP, mas também os advogados e os funcionários judiciais – são o instrumento organizativo indispensável ao exercício da jurisdictio pelos juízes. Em suma, o MP é, por um lado, uma autoridade judiciária, e, por outro, um elemento funcionalmente integrante da estrutura organizativa dos Tribunais, mas não integra o Poder Judicial, não tem poderes jurisdicionais, nem se caracteriza por “independência”, mas sim por “autonomia” externa e – ainda que só teoricamente, como temos visto… – por hierarquia interna e responsabilidade.

2.º O Conselho Superior é a “nomenklatura” do MP no Poder

O Conselho Superior do MP – cuja existência está prevista na Constituição[2], mas não a sua constituição, ao invés do que sucede com o Conselho Superior da Magistratura – tem uma composição fixada pelo próprio Estatuto do MP[3] que garante à partida que é a sua própria estrutura, e sobretudo a sua camada dirigente, quem manda na gestão e disciplina de toda a corporação.

Com efeito, dos seus 19 membros, 2 são designados pelo Ministro da Justiça, 5 são eleitos pela Assembleia da República e os restantes 12 são 6 Procuradores da República e 1 Procurador-Geral Adjunto, eleitos pelos seus pares, a que acrescem por inerência 4 Procuradores-Gerais Regionais e a Procuradora-Geral da República. Quanto às secções do Conselho, dos 5 membros da Secção Permanente (a “Comissão Executiva” do Conselho), 4 são do MP. Dos 11 membros da Secção Disciplinar, 7 são do MP. Dos 10 membros da Secção de Avaliação, 7 são do MP. É, pois, caso para dizer que os que precisamente deveriam ser escrutinados são, afinal, os seus próprios escrutinadores! 

E é exactamente deste enorme poder – que vai desde toda a gestão dos quadros até à acção disciplinar, passando pela avaliação de desempenho, indispensável para a progressão na carreira – que a estrutura dirigente do MP, que não se quer ver minimamente questionada, não quer de todo abdicar, opondo-se por isso, “com unhas e dentes”, a qualquer projecto de alteração que coloque os seus membros em número inferior ao dos exteriores à corporação.

3.º A palavra “magistrado” aplicada aos membros do MP é equívoca e errónea

O uso da palavra “magistrado” para designar os agentes do MP, apesar de bastante vulgarizado (e pouco discutido…), não é, em termos conceptuais rigorosos, correcto, porquanto tal expressão – derivada da palavra latina magistratus – pretende significar aquele que, investido de autoridade, tem o poder público de dizer ou declarar o Direito, e esse é, no nosso sistema jurídico-constitucional, e apesar de todas as tentativas de o distorcer, exclusivamente o juiz! É que, como bem referem, por exemplo, Gomes Canotilho e Vital Moreira, o primeiro e principal sentido e alcance do n.º 1 do art.º 202 da Constituição (“Os Tribunais são os órgãos de soberania com competência para administrar a Justiça em nome do Povo”) é o de determinar, com inteira clareza, que só aos Tribunais, e dentro destes só ao juiz (a chamada “reserva de juiz”), compete administrar a Justiça, não podendo ser atribuídas – seja por Lei ou Estatutos – funções jurisdicionais a outros órgãos ou agentes, e designadamente ao MP.

E se é certo que a Constituição de 1976 já usava a expressão “magistrados”[4] do MP, a verdade é que, por um lado, logo os definia, com total clareza, como “responsáveis, hierarquicamente subordinados” e, por outro, quer na epígrafe do referido artigo, quer nos seus n.º 1 e 2, os referia, e bem, como “agentes do Ministério Público”[5], o que está correcto, pois é precisamente isso que os agentes do MP, exercendo uma actividade material e funcionalmente administrativa e não jurisdicional, efectivamente são.

4.º Falta de um balanço independente, sério e rigoroso do que tem sido a investigação criminal

Fora a exibição, pelo MP, das estatísticas oficiais das condenações em 1.ª instância, a verdade é que não temos uma apreciação séria de qual a percentagem de pessoas que foram constituídas arguidas e por vezes detidas (com alguma frequência, e se tal vender jornais ou telejornais, com grande espectáculo mediático), mas que não chegaram a ser acusadas ou sequer indiciadas pelo MP, assim como a percentagem das que, uma vez acusadas, requereram a abertura de instrução e não foram pronunciadas por um juiz, nem a percentagem das que, mesmo pronunciadas, não chegaram a ser julgadas ou, das que tendo sido condenadas em 1.ª instância, interpuseram recurso e viram a sua condenação, designadamente em prisão, ser revogada. O que sabemos é que, em 2015, uma nunca desmentida investigação do jornalista Plácido Júnior, publicada na revista Visão, revelou que, só no espaço de 7 anos, foram absolvidos 154.569 cidadãos (ao ritmo de 60 por dia!?), por carência de prova bastante da acusação!

Por outro lado, é hoje uma realidade indesmentível que a investigação criminal dirigida pelo MP se viciou no recurso às escutas telefónicas, em detrimento de outras formas e técnicas de investigação, porventura bem menos intrusivas e bem mais eficientes. E, de uma época, há cerca de 20 anos atrás, em que já então se sabia fazerem-se em Portugal quatro vezes mais escutas do que em França, por exemplo, passou-se cada vez mais à lógica das escutas “de arrasto”, em que se sujeita alguém à devassa dos seus telefonemas durante anos a fio, não para se investigar um crime de que há fundadas suspeitas, mas em busca de se encontrar alguma coisa que possa ser considerada comprometedora, numa actividade de “escutar às portas” (como bem lhe chamou a Procuradora-Geral-Adjunta Maria José Fernandes), ou seja, de verdadeira e inaceitável vigilância, inclusive política. E em que – como acabou de se verificar com as escutas a António Costa – se vaza, para logo ser amplamente publicitado pela imprensa amiga do MP, e sob a habitual invocação das invariáveis “fontes próximas do processo”, aquilo que, ainda que sem qualquer relevância criminal, possa, todavia, causar estragos na imagem pública do visado. 

Mas em que também – impõe-se dizê-lo – se usa e abusa de subterfúgios, como o dos famigerados PA (Processos Administrativos), para se cometerem tais devassas (bem como de contas bancários e patrimónios) sem controlo jurisdicional e durante anos a fio, assim como o das buscas a Escritórios de Advogados, com a sua imediata constituição como arguidos, não porque exista qualquer fundada suspeita da sua cumplicidade ou co-autoria relativamente a alguma conduta ilícita, mas unicamente para assim propiciar e legitimar a apreensão de documentação sujeita a segredo profissional que possa comprometer os respectivos constituintes.

Porém, apesar e no fim de tudo isto, qual é, afinal, o real balanço, em termos de resultados, a fazer de “investigações” como as da destruição dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, de negócios como os da Empordef, dos submarinos e das viaturas Pandur, dos contratos swap, do SIRESP, do Monte Branco, do apagão informático relativo às operações em offshores ou, mais recentemente, de tão badalados processos como os da operação “Tutti Frutti”, por exemplo? E, por outro lado, o que se pode – e deve! – dizer do caso de pessoas como Miguel Macedo, Jarmela Palos, Mário Lino, António Mendonça, Azeredo Lopes, Luísa Salgueiro e Miguel Alves, entre muitos, muitos outros, que viram o seu nome repetidamente arrastado na lama como pretensos autores de graves ilícitos criminais, para depois serem absolvidos de tais infamantes acusações? E qual foi a reacção do MP, e em particular da sua “tropa de elite”, o DCIAP, perante todos estes clamorosos dislates? Rigorosamente nenhuma, sem qualquer responsabilização, sem qualquer esboço de auto-crítica e sem qualquer pedido de desculpas, numa autêntica e democraticamente intolerável postura de fazer o que quer e não ter que prestar contas a ninguém!

Com as críticas (designadamente as internas, ferreamente ameaçadas e amordaçadas), com a completa inexistência de responsabilização, com a total ausência de prestação de contas e de balanços, era inevitável – pois poderes absolutos conduzem sempre a abusos absolutos – que o MP, sempre sob a sinistra lógica de que “os fins justificam os meios”, resvalasse para o uso dos meios alternativos, eticamente repugnantes e legalmente inadmissíveis. E, como se fosse a coisa mais natural do mundo, trata de escrever insidiosos e assassinos parágrafos em notas à imprensa, como o que forçou António Costa à demissão, bem como “contra-alegar”, por meio de comunicados à imprensa, despachos de juízes de instrução que se recusaram a fazer o mesmo papel de polícia e de justiceiro de Carlos Alexandre. 

A culminar tudo isto, procura ainda “vingar-se” da monumental derrota, e também da veemente denúncia das suas erradas posições feita no Acórdão da Relação de Lisboa do passado mês de Abril, proferido no processo “Influencer”, fazendo agora divulgar publicamente excertos (ou alegados excertos) de escutas que, embora não contenham qualquer vislumbre de indícios de crime, podem, todavia, servir para riscar a imagem do atingido e, sobretudo, passar para a opinião pública a ideia de que o MP teria, afinal, razão, pois se Costa não praticou aquilo que há uns meses lhe quiseram atribuir, terá feito outras coisas social ou politicamente criticáveis. Tal é levado a cabo passando despudoradamente à Imprensa as escutas às quais, ao fim de todos estes meses, se continua a proibir o acesso pelas defesas, procurando, por este ínvio e repugnante modo, justificar-se a farsa do inquérito em curso, sem prazo à vista para a sua conclusão e sem que o principal visado tenha sequer sido constituído arguido.

Em consonância com tudo isto, e apesar de o do Código de Processo Penal[6] punir clara e expressamente com o crime de desobediência simples a publicação, por qualquer meio, de quaisquer escutas realizadas no âmbito de um processo que se encontre em segredo de justiça (como o “Influencer”), obviamente que ao MP nunca ocorreu desencadear a acção penal contra a imprensa amiga que, depois de as receber das ditas “fontes próximas do processo”, procedeu à respectiva publicação…

5º A repetitiva desculpa da falta de meios

Sempre que são confrontados com mais um dos seus falhanços em matéria de recolha e produção de prova – coisa bem diversa de conjecturas ou de recortes das notícias de jornal que se fizeram publicar… – os dirigentes do MP logo tratam de invocar a falta de meios. A verdade, porém, é que, se efectivamente se verifica uma crónica carência dos meios necessários para o Estado cumprir adequadamente as suas tarefas e obrigações essenciais, essa carência também se verifica noutros sectores, como a Saúde, mas nunca ninguém se atreveu a invocá-la, muito menos sistematicamente, para tentar justificar a falta de assistência a um paciente em estado grave. E, por outro lado, quando se quer dar um espectáculo para as televisões e jornais, esses meios, afinal, já não faltam, como se vê pela mobilização de dezenas e até centenas de polícias, magistrados, automóveis e, agora, até aviões da Força Aérea… 

6.º Basta de arrogância e de irresponsabilidade

A única conclusão que se pode tirar de tudo o que se vem de referir – e que daqui se desafia o MP ou algum dos seus amigos a desmentir!… – é que, do ponto de vista da Liberdade e Democracia, é absolutamente inaceitável “o estado a que isto chegou”, tornando mesmo necessário que se faça um novo 25 de Abril para a Justiça!

E para todos aqueles que sempre invocam o já mais que estafado “argumento” de que aquilo que se pretende é atacar a autonomia do MP, senão mesmo destruir a instituição, para assim proteger corruptos e poderosos, convirá desde logo reafirmar e demonstrar, e sempre com argumentos sérios e com recurso a dados e factos objectivos, que a situação é, na verdade, gravíssima e intolerável. 

Mas também se impõe lembrar aos novos censores amigos do MP que, num acórdão recente[7], o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em (mais) uma decisão condenatória do Estado Português, declarou a ilicitude da sua actuação ao perseguir criminalmente um cidadão particularmente crítico do MP, consagrando explicitamente que os agentes do MP não estão, nem podem estar, acima da crítica e da censura, mesmo a mais viva, pois “são funcionários públicos, cuja função é contribuir para a boa administração da Justiça”, “fazem parte da máquina judiciária”, a qual, “numa sociedade democrática” não pode estar isenta de crítica. Em suma, “impõe-se também a esses funcionários um elevado grau de tolerância”. E de um mínimo de sentido autocrítico e até de vergonha, acrescentaria eu…"

[1] Art.º 202.º, n.º 1.

[2] Art.º 220.º n.º 2.

[3] Art.º 22.º, da Lei n.º 68/2019, de 27/08.

[4] No seu art.º 225, n.º 1 (actual art.º 219.º).

[5] Tal como actualmente sucede nos n.º 4 e 5 do art.º 219.º.

[6] Art.º 88º, n.º 4.

[7] Acórdão de 16/01/2024 (caso Victor Cardoso v. Portugal).

sábado, 8 de julho de 2023

PS: hecatombe política em S. Pedro


"São Pedro, mais qualidade de vida", era a promessa desta lista em 7 de Setembro de 2021.
Em 8 de Julho de 2023 a situação é a seguinte: mantém-se em funções o executivo da Junta de Freguesia de São Pedro, composto por Jorge Aniceto, Helena Pereira e Carla Alves.
Francisco Curado, até ontem presidente da Assembleia de Freguesia, renunciou em 7/7/23. Carolina Baptista, renunciou em 5/7/23. António Salgueiro, renunciou em 17/6/23. Óscar Forte, renunciou em 5/7/23. Andreia Manjolinha, renunciou em 12/6/23. Ana Maria Fernandes, renunciou em 27/6/23. Sónia Dias, renunciou em 29/6/23. Bruna Espada, renunciou em 6/7/23. Ana Borges, renunciou em 6/723.

A partir de ontem, dia 7 de Julho de 2023, o PS, na Assembleia de Freguesia de São Pedro, ficou a ficar representado pelos seguintes elementos: João Moreira, António José Pata, Sérgio Marques, Nelson Gafanhão e a suplente Lígia Calhau (toma posse na próxima AF).
De registar, que o único elemento da Lista PS que concorreu às autárquicas de S. Pedro, em Setembro de 2021, que resta em condições processuais e legais de tomar posse, se houver mais alguma renúncia, é o histórico antigo presidente Carlos Simão
Como sabemos, infelizmente, por razões de saúde do antigo autarca, isso dificilmente poderia acontecer.

Na reunião de ontem à noite, foi eleita a nova mesa da Assembleia de Fregusia que ficou assim constitída: Presidente, João Moreira. Secretários: Sérgio Marques e António José Pata.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Da série, PS/Figueira: pior era possível? (2)

E o que vai por algumas freguesias? Upa, Upa...

O antigo presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, o tal que respondeu, por escrito, em papel timbrado da junta, a uma aspiração da população, citando Benito Amilcare Andrea Mussolini!.., que se tornou militante para apoiar Carlos Monteiro, que desistiu da candidatura ao terceiro e último mandato “por indicação do médico”, que, contudo, cumpriu o mandato 2017/2021 até ao fim, que integrou a lista PS concorrente à Assembleia de Freguesia, que teve como cabeça de lista Jorge Aniceto (anterior tesoureiro do executivo da Junta de São Pedro), "passou à condição de independente neste órgão autárquico".
Francisco Curado, presidente da mesa da Assembleia,"que não está a pensar desfiliar-se", acompanhou o seu colega de bancada.

Imagem via Diário as Beiras

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Cavaco Silva – Uma assombração

Um texto de Carlos Esperança, sacado daqui.

"Sábado, para fazer esquecer a melhoria da perspetiva da notação da dívida soberana pela agência americana Moody’s, surgida na véspera (ver aqui), apareceu a liderar a oposição de direita o rancoroso Professor Aníbal.

Substituiu Marcelo, convicto de que, à semelhança das águas residuais, que podem ser recicladas, os ativos tóxicos podem ser branqueados.

Aníbal Cavaco Silva, catedrático de Literatura pela Universidade de Goa, Grande Colar da Ordem da Liberdade por desvario de Marcelo, não se livrará do passado onde teve a sorte de as intrigas de Marcelo e as assinaturas falsas o fazerem, na Figueira da Foz, presidente do PSD contra o democrata João Salgueiro.

Marcelo, Júdice e Santana Lopes fizeram-no PM; Marcelo, Durão Barroso e Ricardo Salgado, ingratamente abandonado, prepararam na vivenda do último a sua candidatura vitoriosa a PR.

Mas não se julgue que o político videirinho foi apenas um salazarista beneficiado com a democracia, a que pretendeu abolir, conluiado com Passos Coelho, os feriados identitários do País, 5 de Outubro e 1.º de Dezembro.

Com o reiterado absentismo na Universidade Nova, para dar aulas na Católica, obrigou o reitor, Alfredo de Sousa, que o fizera catedrático, a levantar-lhe o processo disciplinar que o despediria por faltas injustificadas. Teve a sorte de ter como ministro da Educação João de Deus Pinheiro que lhe relevou as faltas e receberia em recompensa o Min. dos Negócios Estrangeiros.

O ressentido salazarista não foi apenas venal na docência, “mísero professor” no léxico cavaquista, foi igualmente no negócio das ações da SLN, para ele e filha, e no suspeito negócio da Vivenda Gaivota Azul, na Praia da Coelha.

Apesar de exigir que se nasça duas vezes para alguém ser tão sério como ele, há boas razões para pensar que sobra uma. Os seus negócios foram tão nebulosos como as razões do preenchimento da ficha na Pide, com erros de ortografia.

No sábado, o Professor Aníbal veio bolçar o ódio que o devora, depois de ter sido obrigado a dar posse ao primeiro Governo de António Costa, de ter então esbracejado e denunciado à União Europeia o perigo de um PM apoiado pelo PCP e BE. Exigiu que António Costa pedisse a demissão, apareceu nas televisões, rádios e cassetes piratas, e regressou aos sais de fruto enquanto a oposição de direita continuará a ser liderada por Marcelo.

O homem é assim, o salazarista inculto e primário que o marcelista culto, empático e igualmente perverso está a substituir com mais êxito."

segunda-feira, 7 de março de 2022

PORTINHO DA GALA, uma estrutura que custou mais de 2 milhões de euros, que é utilizada "sem rei nem roque" há 18 anos...

O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros,  para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. 
Desde 2018, há cerca de 4 anos, que o gabinete jurídico da Câmara da Figueira da Foz está a fazer um novo regulamento para o Portinho da Gala, contando com o contributo da Junta de Freguesia de São Pedro e da Capitania da Figueira da Foz.
“Temos de criar normas para o portinho poder funcionar melhor e adequar-se às necessidades dos pescadores”, defendia o anterior presidente da Junta de São Pedro, em Fevereiro de 2018, António Salgueiro, em declarações ao jornal AS BEIRAS.
Para um futuro próximo, estava também prevista uma ligação directa da EN109 à infraestrutura, cujos acessos actuais limitam a actuação dos bombeiros em caso de incêndio, o que também ainda não aconteceu. 
18 anos depois da inauguração desta estrutura de apoio aos pescadores, o Portinho da Gala ainda não tem regulamento, em particular, para a utilização dos armazéns. 
Numa reportagem hoje publicada no jornal Diário as Beiras, fica feito o retrato. A situação que se vive no local “está próxima da anarquia.”
No anterior mandato autárquico, estava previsto passar a gestão do Portinho da Câmara da Figueira da Foz para a Junta de São Pedro e a elaboração de um regulamento. Contudo, os planos não se concretizaram.
O novo executivo camarário, que tomou posse no último trimestre de 2021, está a trabalhar no modelo de gestão e a fazer um levantamento do que é necessário fazer.
O Portinho da Gala, um espaço "que custou 2,0 milhões de euros", continua como sempre esteve desde a sua inauguração: a ser utilizado "sem rei nem roque".
Ao menos "que se explique para que serve realmente, para além de permitir a atracação de uns quantos botezitos de pesca artesanal ou de recreio, e servir, todo aquele enorme espaço, de tranquilo poiso a alguns pescadores à linha de um ou outro robalito que por ali apareça distraído".
A utilização sem regras do equipamento municipal foi recentemente debatida numa reunião de câmara. O vereador executivo Manuel Domingues, que já abordou o assunto com o novo presidente da junta de freguesia de S. Pedro, Jorge Aniceto, definiu assim o estado de coisas: “O Portinho da Gala é um espaço sem rei nem roque”
O autarca visitou o local e constatou que “os pescadores é que são os organizadores do espaço”Jorge Aniceto confirmou, afiançando que é o que se diz, à boca-cheia, na vila de São Pedro. “De um dia para o outro, mudavam-se os utilizadores dos armazéns, vendiam-se as embarcações e os armazéns”.  O armazém está associado à embarcação. “Ainda assim, terá de haver uma comunicação à câmara”.
O assoreamento e a falta de manutenção dificultam a actividade das várias dezenas de pescadores de pesca artesanal que ali têm a sua base logística no Potinho da Gala.
Os armazéns, construídos para armazenamento de redes e outros utensílios relacionados com a actividade piscatória, estão a ser utilizados para diversos fins. Há quem faça deles arrecadações de objectos que já não cabem em casa, oficina, garagem, convívios e outras finalidades. Isto segundo pescadores afirmaram ao DIÁRIO AS BEIRAS, sob anonimato, “para não arranjar problemas”. Segundo as mesmas fontes, alguns dos armazéns estão a ser utilizados por quem já não tem embarcação de pesca, e houve, até, quem tivesse cobrado pelo trespasse. E há já vários anos que ninguém paga pela utilização dos espaços. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Rio, Ventura e Cavaco...

O líder do Chega, André Ventura, considera que o presidente do PSD, Rui Rio, poderá ter dado o “primeiro passo” para um governo de direita com o discurso que fez no domingo no encerramento do congresso dos sociais-democratas.
No passado domingo, por sua vez, José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, também colou  Rio ao Chega, ao considerar que Rio teve um discurso “anti-sistema”, como o Chega, e parece ter “uma agenda escondida”.
Ventura foi claro: "Já temos um caminho para andar". “Gostei de ver Rui Rio tocar em pontos que são importantes para a direita, como é o caso da subsidiodependência, da fiscalização dos apoios sociais e de percebermos que não podemos ter um país em que andam uns a trabalhar e outros a viver à conta desses”.  
Cavaco Silva, concorda há muito que o PSD deve entender-se com o Chega
É uma opinião legítima, entenda-se, mas que não surpreende ninguém. 
Não esqueçamos que Cavaco se sentia perfeitamente integrado no regime fascista, politicamente e moralmente abonado por três fascistas no exercício de funções. Não esqueçamos que Cavaco recusou uma pensão a Salgueiro Maia, que atribuiu  a dois inspectores da PIDE, António Augusto Bernardo e Óscar Cardoso. Não esqueçamos que Cavaco boicotou Saramago por motivos ideológicos. Não esqueçamos que Cavaco apelidou o 10 de Junho de “dia da raça”. Não esqueçamos que Cavaco votou contra a resolução da ONU, aprovada por esmagadora maioria, em 87, que exigia a libertação de Mandela. A lista podia continuar, pelo que não existe surpresa alguma em ver Cavaco do lado dos neosalazaristas. Surpresa, se a há, é não ter sido Cavaco a fundar o Chega. Surpresa, se a há, é ter visto Cavaco eleito por um partido de centro-direita com designação oficial de ideologia de centro-esquerda. 
Rio, Ventura e Cavaco, sublinhe-se, todos filhos do PSD. E na mesma luta?

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Autárquicas 2021: já são conhecidas três candidaturas em S. Pedro...

Depois de terem sido tornadas públicas as candidaturas de André Mora, pelo PSD, António Salgueiro (depois substituído por Jorge Aniceto) pelo PS, foi agora anunciada a candidatura de Maria Estrela Dias, pelo «Movimento Figueira A Primeira».

Via Revista Foz.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Novidades na Aldeia: António Salgueiro não será candidato em S. Pedro

Imagem: daqui

O presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, desistiu da candidatura ao terceiro e último mandato por motivos de saúde. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o autarca, cujo nome havia sido aprovado no passado sábado pela Concelhia do PS, afirmou que decidiu desistir “por indicação do médico”
Contudo,  cumprirá o actual mandato. Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS, integrará a lista concorrente à Assembleia de Freguesia, que terá como cabeça de lista Jorge Aniceto (actual tesoureiro do executivo da Junta de São Pedro).

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Em S. Pedro o Leslie e a pandemia não nos afectou todos?.. Ou foi só ao património e ao negócio da junta?..

Na edição de hoje do Diário as Beiras, o presidente da junta de freguesia de S. Pedro, diz que "a pandemia está a gerar prejuízos. Nomeadamente, financeiros." 
Mas a quem? - pergunta OUTRA MARGEM
Segundo o presidente, "à junta de freguesia e aos seus concessionários"!.. 
E os restantes comerciantes da freguesia? - pergunta OUTRA MARGEM.

A junta «tem cinco espaços comerciais concessionados – três na Praia da Cova, um na Praia do Hospital e outro e junto ao rio – e confeciona as refeições escolares e gere o refeitório do centro escolar local. Com os estabelecimentos e as escolas encerradas, não há receitas.
“Temos tido bastantes dificuldades. Os nossos concessionários estão a pedir-nos ajuda. Estamos a tentar saber, em termos legais, o que poderemos fazer para os ajudar. E ainda temos o problema acrescido no refeitório do centro escolar, que tem quatro funcionários permanentes, pagos pelas refeições que servimos às crianças. Como, neste momento, não há serviço de refeições, é mais um prejuízo enorme para a junta de freguesia, de mais de três mil euros por mês
Durante o confinamento, os salários estão a ser pagos pela tesouraria da junta de freguesia, afirmou o presidente da junta da freguesia do sul da Figueira da Foz, António Salgueiro.
Por outro lado, ao abrigo da delegação de competências, as juntas de freguesia têm direito às verbas relativas à publicidade dos estabelecimentos comerciais e outros, no entanto, devido à crise pandémica, em 2020, não foram cobradas as respetivas taxas.
“Em 2021, também não iremos receber, devido à pandemia”, disse ainda António Salgueiro.»

Importantes e, pelos vistos, relevantes e preocupantes, são os prejuízos sofridos pela junta! 
Será que as pessoas que não têm negócio com a junta de freguesia de S. Pedro também não têm problemas, prejuízos e outras situações complicadas para resolver?
Se têm, desenrasquem-se... A junta tem problemas próprios, e esses para o presidente, é que têm de ser resolvidos prioritariamente...
Para vossa leitura e análise, fica a peça jornalística completa hoje publicada no Diário as Beiras.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

E os fregueses de de S. Pedro não mereciam um pedido de desculpas?..

Via Diário as Beiras
«António Salgueiro  pediu desculpa aos deputados municipais, aos elementos da AF, “à democracia e às instituições democráticas do concelho”, pelo “desconforto” que a sua resposta oficiosa lhes causou.» 
A palavra é um instrumento que deve ser utilizado no exercício da cidadania... Recorde-se, para quem quiser avaliar, o magnífico e irrepreensível texto, lido na Assembleia Municipal da Figueira da Foz pela cidadã Dulce Cardoso Ponard. 
Para ler basta clicar aqui.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A palavra é um instrumento que deve ser utilizado no exercício da cidadania...

A democracia não é um dado adquirido. É um combate diário. Foi nisso que pensei ao assistir ao que aconteceu no decorrer da Assembleia Municipal que se realizou esta tarde no CAE.
Uma simples e normal cidadã, foi propor uma reflexão séria aos deputados municipais sobre uma situação que aconteceu e que deveria envergonhar quem a cometeu. 
A resposta, foi a que esperava: o PS, partido de maioria absoluta, reagiu de forma primária, em grupo em defesa do indefensável. Solidariedade, é uma coisa. Fidelidade canina, é outra.
Na Figueira, há um mundo de diferença entre quem vive, directa ou indirectamente, da política, e quem procura apenas servir a comunidade, sem interesses ocultos ou declarados. 
É pecado pensar pela própria cabeça e ter opinião?
O teor das inquisições várias, ao longo dos tempos, têm todas o mesmo perfil. Desde o tempo medieval até aos tempos modernos, as acusações mais graves contra alguém e que levam à eliminação social e muitas vezes individual, são geralmente acusações do tipo que vi proferidas por deputados socialistas, num momento em que a cidadã que foi exercer o seu direito de cidadania já não podia falar para se defender.
Foi triste. Foi vil. Foi antidemocrático. Foi lamentável. Foi cobarde.
No tempo de Salazar, quando se queria eliminar alguém, propagava-se que  não era da situação: estava tudo dito.
Foi isto que senti hoje no CAE. O tempo, na Figueira, a voltar para trás.
Fica, para quem quiser avaliar, o magnífico e irrepreensível texto lido na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, pela cidadã Dulce Cardoso Ponard.
Para memória futura passo a citar.

"Exmo Senhor Presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz

Exmos Senhores Deputados

Exmos Senhores do Executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Exmos Senhores Presentes

É com gratidão que procuro fazer destes 5 minutos concedidos, 5 minutos de esclarecimento, 5 minutos de liberdade, 5 minutos de informação, 5 minutos de apelo.

Acredito que seja do conhecimento de todas e todos que algo se passou que indignou a media nacional, indignou cidadãs e cidadãos de Portugal e não só, indignou, indignou…

Os episódios têm origem no âmago da Junta de Freguesia de São Pedro pelas mãos da instituição que é, representa e conduz: o seu Presidente, então e ainda, António Salgueiro.

Permitam-me que vos recorde os factos:

António Salgueiro foi eleito Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro;

Um posto de Multibanco instalado no Mercado de São Pedro, infraestrutura sob jurisdição da Junta de Freguesia, está fora de serviço desde 2019, facto que tem ameaçado o exercício e rentabilidade dos pequenos comerciantes;

Os mesmos comerciantes e alguns residentes vieram ao meu encontro e do grupo informal que designamos Grupo para Reflexão de São Pedro com o intuito de ser feito um pedido de ajuda, repito, pedido de ajuda à Junta e Assembleia de Freguesia de São Pedro, Câmara e Assembleia Municipais da Figueira da Foz no contacto com as entidades responsáveis e facilitadores do processo de reativação do dispositivo.

Foi elaborado e enviado o pedido em conformidade com o apelo;

O Presidente de Junta de Freguesia de São Pedro usou de um ofício (96/2020), um documento oficial da República Portuguesa para dirigir insultos indiscriminadamente aos membros do Grupo;

Além dos insultos nenhuma resposta foi dada ao pedido de ajuda;

Foi insulto indiscriminado já que, embora seja um grupo informal, por atitudes opressivas como estas, somos forçados a guardar alguma discrição. O que significa que no mínimo o Sr. Presidente dirigia o seu insulto a duas ou três pessoas (somos mais que 3), no máximo a milhares de fregueses de São Pedro (não somos milhares);

As declarações posteriores aos jornais são conhecidas e públicas. Apenas tenho 5 minutos e quero abster-me de juízos de valor.

Passados alguns dias, após um comentário de um ilustre cidadão de São Pedro, a uma publicação na minha página de Facebook, fomos surpreendidos por uma resposta de Helena Pereira, que assume a função de 1ª Secretária de Assembleia de Freguesia - escreveu “quem quiser saber das asneiras do André é só dirigir-se à junta de Freguesia! Não serão expostas por mim”. Podemos concluir que “as asneiras do André” estão disponíveis para consulta pública na Junta de Freguesia de São Pedro. Será que é legítimo que num Estado Democrático e de Direito como o nosso, o Português, em pleno século XXI, resistam estes registos pessoais para consulta pública.

Os meus 5 minutos podem ser mais do que 300 segundos se as senhoras deputadas e senhores deputados assim o quiserem, e não peço mais um segundo que seja para falar. Espero que esse segundo seja por vós usado, para uma sincera reflexão sobre:

Qual o limite da solidariedade partidária?

Pode a tolerância de tiques antidemocráticos como este ser conivência?

Será negligente alimentar esta aparente sensação de impunidade?

Não deverá ser a solidariedade intrapartidária biunívoca?

É certo que poderia ter abordado a questão do Multibanco em Assembleia de Freguesia, mas em que medida estarei eu castrada do meu direito à cidadania activa? Será admissível ser insultada em ofício por cooperar na criação de uma carta com um simples e sincero pedido de ajuda à autarquia?

Fará sentido usarmos o cravo na lapela enquanto riscamos de azul?

Sras e Srs Deputados. Poderão pensar que sou apenas uma covagalense e que não represento o povo de São Pedro. Mas convido-vos a interrogarem-se: se cada covagalense não representa, em si mesmo, a comunidade de São Pedro, será ela representável?

O autoritarismo e a extrema direita têm surgido em cada canto da sociedade portuguesa. Peço aos partidos aqui representados, em particular ao Partido Socialista, que, por camaradagem, não deixem que se crie em lado algum do nosso país um pequeno ditador, com pés de veludo, mente curta e mão de ferro;

No passado dia 24 de Agosto de 2020, recordamos e recordaremos Manuel Fernandes Tomás, grande progressista, ilustríssimo Figueirense. Façamos o exercício sobre qual seria a sua visão e atitude perante este retrocesso na liberdade e responsabilidade políticas no seu e nosso país!

Estou disponível para qualquer esclarecimento adicional.

Ajudem-nos a fazer destes 5 minutos um gesto forte, por uma sociedade mais livre, justa e fraterna.

Muito Obrigado pela Atenção que me concederam!

Figueira da Foz, 30 de Setembro de 2020"

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

O debate político-partidário local está degradado ha muito tempo

Nos idos de 1975, no decorrer do chamado PREC, alguma da direita mais radical alinhada com a "Maioria Silenciosa", trouxe ao debate político a moca de Rio Maior. 
Como sabem, a moca é um pau maciço, com uma ponta mais larga cravejada de pregos. Essa, era a arma que essa direita imbecil entendia ser a melhor para combater os comunistas. 

45 anos depois, em Agosto
 de 2020, na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia de S. Pedro relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, um autarca militante e eleito pelo PS, respondeu, por escrito e em papel timbrado do órgão autárquico a que preside, a Junta de Freguesia de S. Pedro: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites"
A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945. 

O PSD criticou. Por sua vez, «o presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder do PS local mostrou-se "indignado" com a postura do PSD! 
O presidente do município manifestou-se "indignado", sim, mas com a abordagem de que diz ter sido alvo o assunto por parte da concelhia do PSD. 
Que foi a seguinte: o PSD da Figueira da Foz acusou o presidente da junta de freguesia socialista de má conduta democrática, exigindo ainda ao presidente da Câmara Municipal que, "de uma forma clara e inequívoca, manifestasse o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa", sob a pena "de estar a ser cúmplice de má conduta democrática" do presidente da junta, António Salgueiro. 
E qual foi a resposta de Carlos Monteiro?
"Os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara".
"É uma imagem", dirão os socialistas apoiantes de Salgueiro e Monteiro. 
Pois é. E bem verdadeira. É a imagem de quem acha que a política se faz à cacetada (deseja-se que apenas com o verbo). 

Quem acompanha a vida política local e assiste a reuniões da Assembleia e Câmara Municipal, sabe que não existe debate político há muitos anos na Figueira. 
Quando muito, existe debate partidário. Nas Assembleias Municipais a qualidade dos seus membros (principalmente nos partidos do chamado arco do poder) tem vindo a degradar-se eleição após eleição. 
(Quem duvidar desta realidade, que vá assistir a uma sessão e depois trocaremos opiniões...)
Como escreve João Vaz na edição de hoje do Diário as Beiras, «os actores com qualidade política são poucos. 
Nas reuniões da Câmara Municipal, entre presidente e vereadores, está o melhor palco local de discussão e debate político. Contudo, assistimos frequentemente a ataques pessoais, defesas de honra, “queixinhas pessoais” e um sem número de remoques sem substância política. Alguns políticos locais chegam a misturar a sua vida privada com a intervenção política, amiúde vitimizando-se, degradando o debate político.» 

E o que pode fazer um cidadão? Tentar exercer o direito de cidadania. Como pode e como sabe. Só que isso não é bem visto, nem benquisto, pelo poder do momento. 
Como cidadãos, em teoria, temos todo o direito de nos manifestarmos, contra ou a favor, com esta ou aquela linguagem, apenas com os limites da ética e do código penal. Só que os novos censores não aceitam a Liberdade de pensamento. Gostam é de estabelecer os limites da Liberdade de expressão e de pensamento. Na Figueira, os políticos no poder nunca fizeram esquecer algumas perversidades geradas no absolutismo de Salazar. 
Os intocáveis, como vimos na reacção de Carlos Monteiro em relação ao vergonhoso e antidemocrático comportamento do seu camarada António Salgueiro, esquecem o essencial: em democracia, tudo e todos estamos permanentemente em regime de prova
Em 2020, tal como em 1975 (aconteceu e acontece comigo...), o "lápis azul" assume formas mais maquiavélicas de tentar riscar as opiniões diversas. 
A ameaça velada, o sorrizinho amarelo, o passar à frente, o vê lá no que te andas a meter, a encomenda para a tentativa de silenciamento. 
Assim não vamos lá: só com o exercício da cidadania, cumpriremos a democracia.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

VOTAÇÃO DA MOÇÃO DE REPUDIO ÀS DECLARAÇÕES PÚBLICAS PROFERIDAS PELO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO PEDRO

Imagem via Carlos Tenreiro - Mudar Porque a Figueira Merece

 

A proposta foi rejeitada: o PS votou contra.

EM TEMPO: 

ACTUALIZAÇÃO, via Diário as Beiras (15.9.2020, pelas 7 horas): «a proposta de repúdio pela resposta dada pelo presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, a um grupo de cidadãos da freguesia foi rejeitada pela maioria socialista. 
Carlos Monteiro lembrou que os presidentes de junta são democraticamente eleitos e, por isso, não estão sob a hierarquia das câmaras. Por outro lado, defendeu que o autarca terá oportunidade de esclarecer a sua atitude em sede de Assembleia Municipal. 
O socialista António Salgueiro respondeu, em papel timbrado da Junta de São Pedro, com uma citação atribuída ao ditador italiano Benito Mussolini – “o silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos, porque, onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites”».

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

O desconhecimento e o cuidado a ter com "os cacos", pois podem ser obras de arte...



Conforme o que editei no facebook (aqui e aqui), numa breve passagem hoje pelo Cabedelo, deparei com a obra de arte visível na foto.
Não sei desde quando aquilo lá está. Não sei  quanto tempo lá irá estar.
Alerto, porém, para a qualidade do material usado nesta original forma de protesto e para a estupidez que seria enviá-lo para o lixo.
Passso a citar.
«Uma peça de uma escultura integrada numa exposição de arte contemporânea, patente no Centro de artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz, dada como desaparecida, na última semana de Dezembro, foi "mandada para o lixo por engano" admitiu, ao JN, uma empregada de limpeza.
A peça - os "cacos" como já é conhecida - faz parte de um lavatório com um dos cantos partido e estava colocada junto àquele, no chão da sala de exposições. A obra de arte, intitulada "As Frases", é da autoria do artista plástico e poeta Jimmie Durham, norte-americano descendente dos índios Cherokee.
"Não foi por mal que coloquei os cacos no contentor. Foi um engano" confessou a auxiliar de limpeza. "Pensei que aquilo (os cacos) fosse lixo de obras que estivessem a decorrer", contou. Só que o "lixo" vale alguns "milhares de euros" e pertence à obra de Jimmie Durham incluída na exposição, organizada pelo Centro Cultural de Belém intitulada "Eu, Tu, Eles", baseada num conjunto de peças, de artistas nacionais e estrangeiros, da colecção de arte contemporânea do Instituto das Artes .
"Vi os cacos no chão. Perguntei a uma colega se eram para deitar fora. Disse-me que sim, peguei na pá e na vassoura e deitei tudo no contentor" revelou ainda a funcionária.»


Apesar de insólita, a situação não é única. Em 9 de julho passado, dois elementos do executivo da junta de freguesia de S. Pedro foram à Praceta Mário Silva, no Cabedelo, retiraram a placa, que se pode ver na foto, e inutilizaram-na. Foram eles, os senhores António Manuel dos Santos Salgueiro, presidente, e Jorge Aniceto Pimentel dos Santos, tesoureiro. 
Certamente que não o fizeram por mal. Fizeram-nos, simplesmente, porque devem desconhecer que a liberdade de expressão é, na liberdade, um dos direitos mais importantes que se tem. Sem ela, nada mais existe. 
Assim como devem continuar a desconhecer que o entendimento de liberdade, de expressão e opinião, tem no centro o direito de os outros se exprimirem com toda a liberdade, mesmo que isso nos ofenda. O que não era o caso. 
É o direito de os outros dizerem aquilo que mais nos choca, que quem ama a liberdade defende acima de tudo. Não há relativização possível para este critério.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Para quem ainda não entendeu a gravidade da situação, a resposta do senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro aos cidadãos foi feita em nome do Estado.

"O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites".

Esta resposta do senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro aos cidadãos, para quem ainda não entendeu a gravidade da situação, foi feita  em nome do Estado

Um presidente de junta de freguesia representa o Estado.
Perante isto  o que disse, Carlos Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz?
"Assunto encerrado". "Os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara", afirmou ainda Carlos Monteiro.

O senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro escreveu uma patetice na resposta que deu ao grupo de cidadãos. É uma patetice responder-se com  sobranceria, ainda por cima em papel timbrado da Junta de Freguesia.
Clarificando a realidade que é a gravidade da situação: o senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro respondeu aos cidadãos  em nome do Estado.

Não foi o cidadão António Manuel dos Santos Salgueiro, nem o militante do Partido Socialista, que respondeu aos cidadãos. Foi o presidente da junta de freguesia de S. Pedro,  que respondeu aos cidadãos da freguesia de S. Pedro, na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por dus centenas de residentes.
Perante isto, Carlos Monteir disse: "Assunto encerrado"!
E, decorridos 3 dias, não aconteceu nada numa cidade que tem tudo e em segurança?..

Têm a palavra os cidadãos: da freguesia de S. Pedro e do concelho da Figueira da Foz.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Para memória futura: "assunto encerrado", disse Carlos Monteiro...

"PS da Figueira da Foz diz que caso de autarca que citou Mussolini é assunto encerrado"...

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder do PS local mostrou-se hoje "indignado" com a postura do PSD no caso do presidente de Junta que citou Mussolini e disse que o assunto está encerrado.

O presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, na Figueira da Foz, apelidou de tolos e ignorantes os autores de uma petição, utilizando, num ofício em papel timbrado, uma citação atribuída ao ditador fascista italiano Benito Mussolini.

"O presidente de junta já referiu que não pretendeu citar Mussolini, não tão pouco sabia que a frase lhe estava associada, o que, em termos de Partido Socialista concelhio, encerra o assunto", disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder concelhio socialista, Carlos Monteiro.

O presidente do município manifestou-se ainda "indignado" com a abordagem de que diz ter sido alvo por parte da concelhia do PSD.

O PSD da Figueira da Foz acusou o presidente da junta de freguesia socialista de má conduta democrática, exigindo ainda ao presidente da Câmara Municipal que, "de uma forma clara e inequívoca, manifeste o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa", sob a pena "de estar a ser cúmplice de má conduta democrática" do presidente da junta, António Salgueiro.

"Os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara", afirmou ainda Carlos Monteiro.

Na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, eleito pelo PS, afirmou, também por escrito: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites".

A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945

Nota de rodapéOs senhores António Salgueiro e Carlos Monteiro, militantes do Partido Socialista (um partido fundado por Mário Soares, um homem que viveu intensamente, correu riscos, foi corajoso, que se manifestou e lutou contra os representante políticos de um país chamado Portugal, quando o poder político era fascista) que graças ao 25 de Abril de 1974, são, respectivamente, presidente da junta de freguesia de S. Pedro e presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, estão em sintonia: quem os ousar questionar, interpelar ou criticar, "leva".

Recorde-se: na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes, que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, eleito pelo PS, afirmou, também por escrito: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites".  

Com esta atitude mostrou que vive, de facto, noutro tempo. Um tempo em que o cidadão comum não tinha opinião. Um tempo em que contestar ou criticar um político  é um pecado que deve ser castigado. 

Os senhores António Salgueiro e Carlos Monteiro devem continuar a viver num tempo que já passou. Não percebem o tempo de hoje, daí esta inabilidade de ambos. Ainda não perceberam que vivemos em democracia e que todos os cidadãos e cidadãs têm direitos e deveres. Não perceberam nada. Se percebessem alguma coisa não faziam estas figuras ridículas que estão escarrapachadas nos jornais.

A nós, pelo menos a mim, resta-me continuar a ser gente e não verbo de encher...

Caso divulgado por OUTRA MARGEM na passada sexta-feira atinge dimensão nacional

"Silêncio é a unica resposta que devemos dar aos tolos. 

Porque onde a ignorância fala a inteligência não dá palpites!“

PSD Figueira exige ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que “de uma forma clara e inequívoca”, manifeste o “maior repúdio” por um “desaforo à democracia representativa”.

O caso levantado pelo OUTRA MARGEM na passada sexta-feira, dia 14, atingiu dimensão nacional. Por exemplo, Observador Expresso, PúblicoDiário de Notíciastvi24, Notícias ao Minuto, entre outros, foram alguns dos órgãos de informação que já se referiram ao asssunto.

Entretanto, a comissão política da Figueira da Foz do PSD exige ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que “de uma forma clara e inequívoca”, manifeste o “maior repúdio” por um “desaforo à democracia representativa”.

O PSD da Figueira da Foz acusou este domingo de má conduta democrática o presidente de junta socialista que apelidou de tolos e ignorantes os autores de uma petição, usando uma citação atribuída ao ditador Benito Mussolini.

Numa nota enviada à agência Lusa ao início da noite, a comissão política de secção da Figueira da Foz do PSD exige ainda ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que "de uma forma clara e inequívoca, manifeste o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa". "Sob pena de estar a ser cúmplice da má conduta democrática de António Salgueiro", argumenta ainda o PSD.

No comunicado, a concelhia social-democrata manifesta a sua "profunda indignação pela má conduta cívica e democrática evidenciada" por António Salgueiro, que numa resposta às autoras de uma exposição enviada à junta de freguesia, relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, utilizou uma citação atribuída ao antigo ditador fascista italiano.

"O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites", escreveu António Salgueiro, num ofício em papel timbrado da junta de freguesia da margem sul do Mondego, no distrito de Coimbra.

A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945. Entre outras referências, a citação é dada como publicada num livro de António Santi, escritor e investigador norte-americano descendente de italianos, intitulado "O livro da sabedoria italiana", editado em 2003.

"Fica uma vez mais evidente que, quer a citação atribuída ao ditador Benito Mussolini, quer a tentativa desastrada de justificação, na qual se refere a Mussolini com uma leviandade que não julgávamos já possível a um filiado no Partido Socialista, revelam um total desrespeito pela democracia", argumenta a concelhia do PSD. 

domingo, 16 de agosto de 2020

A bomba rebentou-lhe na mão...

"Silêncio é a unica resposta que deves dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala a inteligência não dá palpites!“

«Confrontado com a polémica em redor da resposta em papel timbrado da junta e da citação atribuída a Mussolini, António Salgueiro manifestou, via Diário as Beiras, desconhecer a autoria da frase por si utilizada.

“Eu não sabia que estava a citar Mussolini, mas isso também não me preocupa, toda a gente tem coisas boas e más. A maior parte das coisas que Mussolini fez foram más, eu tenho simpatia por Álvaro Cunhal e sei que ele não fez tudo bem”, argumentou o autarca.

“Se calhar, aqui [na citação que lhe é atribuída] o Mussolini acertou”, acrescentou.»

Todos somos ignorantes.

Exemplo pessoal: eu, que me considero atento à realidade, se me dissessem que um autarca da minha Aldeia, teria um comportamento destes, diria: impossível. 

O eleitor da minha Aldeia não alinha com fascistas.  Meio século de repressão bastou. 

Ignorante me confesso. Temos um presidente de junta que para responder aos fregueses, cita um fascista.  

O salgueirimosvírus é um problema que temos pela frente. 

E contra esse nem Graça Freitas, nem Marta Temido podem fazer nada. 

Contudo, Carlos Monteiro podia e devia.

Nós, juntos, podemos. 

Pensem um bocadinho. Para pedir demissões, no fundamental, temos de estar todos unidos.

Um presidente de junta, que não passa de um irresponsável, na minha opinião, mesmo da minha Aldeia, merece continuar a ocupar um cargo desta responsabilidade?

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

À especial atenção do candidato PS Carlos Monteiro

Jornal Diário as Beiras, edição de 3 de Abril de 2019.

Agora, perante o que veio hoje a público, aguarda-se uma tomada de posição do presidente Monteiro. António Salgueiro, que se filiou no PS em 2019 para ajudar a apoiar Carlos Monteiro, ainda pode vir ajudar a apoiar quem quer fazer a folha a Carlos Monteiro em 2021?
A Figueira, nos últimos 46 anos, mudou. Na nossa cidade, a ficção, por vezes, ultrapassa a própria realidade.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Anda qualquer coisa estranha no ar da Figueira: onde já se viu fazer publicidade a uma praia interditada pelas auridades que superintendem a zona?..

Em tempo.

Figueira da Foz: Banhistas danificam geocilindros em praia interditada na Cova

Via Diário as Beiras de 14 de Julho de 2020:
«Apesar de a praia estar interditada, desde o início da semana passada, os banhistas continuam a utilizá-la e a perfurar as dunas artificiais com chapéus de sol. Nem a interrupção deliberada dos passadiços de madeira e outros acessos impede que se continue a ir a banhos naquele areal.
Os banhistas acedem à praia interditada através de dunas, rochas e geocilindros. “Fizemos o que tínhamos de fazer: alertámos a APA sobre o estado dos geocilindros, pedimos-lhe que os reparasse antes do próximo inverno e que interditasse o acesso à praia”, afirmou o presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, ao DIÁRIO AS BEIRAS.»