António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023
"Distopia neoliberal de fachada socialista"
Via Diário de Notícias: "Dívida está melhor", disse o ministro. "Temos de ter em conta a situação geral do país, o país tem não só professores", "temos de cuidar do equilíbrio das contas públicas, não só para hoje, mas para o futuro", ripostou Fernando Medina, ontem, na TVI."Isto não vai acabar bem. Para quem é de esquerda, para quem acredita no papel emancipador dos serviços públicos. Mas também para os democratas, em geral. Os tempos são perigosos. A irresponsabilidade da fachada socialista que nos governa é dolorosa de assistir."
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