Via Diário as Beiras«A Comunidade Intermunicipal da Região de
Coimbra (CIM-RC) assinou,
ontem, o auto de consignação da empreitada do troço da via ciclável europeia
Eurovelo 1 que atravessará
os concelhos de Cantanhede, Mira e Figueira da Foz,
junto ao Atlântico, com 84
quilómetros de extensão, que ligará os distritos de
Coimbra e Leiria.
A obra
custa 2,3 milhões de euros
(com IVA incluído) e tem
um prazo de execução de
18 meses. Este valor não inclui os 4,5 milhões de euros
que custará a ponte entre
Vila Verde e Alqueidão. A ligação entre
Vila Verde e Alqueidão,
freguesias da Figueira da
Foz – ponte mista (bicicletas e viaturas) sobre o
Mondego – não deverá ficar concluída ao mesmo
tempo da via ciclável Eurovelo 1.
O concurso será lançado este mês, tendo um
prazo de execução de 18
meses, enquanto a construção da ciclovia arranca
brevemente.
Esta obra é da responsabilidade da autarquia figueirense, mas sem a qual
a Eurovelo 1 não avançará para a margem sul do
concelho, até à Marinha
das Ondas, onde ligará,
no concelho de Pombal,
à ciclovia do Atlântico.
A
Câmara Municipal da Figueira da Foz candidatou
os 4,5 milhões que a obra
custa a fundos europeus
e ao Turismo de Portugal.
Entretanto, a concelhia do
PSD e a candidatura de
Pedro Machado, cabeça
de lista do partido à Câmara da Figueira da Foz,
consideram, através de
nota de imprensa, que o
auto de consignação da
via ciclável Eurovelo 1 foi uma
cerimónia de “Carnaval
político ilegal e pura
campanha eleitoral”. Os
social-democratas destacaram, ainda, a participação de um membro do
Governo.
Carlos Monteiro, em
declarações aos jornalistas, feitas à margem
da referida cerimónia,
lamentou “esse tipo de
linguagem para desvalorizar um evento que é da
maior importância para a
região e para o concelho
em particular”.
Por outro
lado, frisou que, no dia
anterior, “realizou-se em
Coimbra uma cerimónia
semelhante e nenhuma
força política se manifestou contra”.
O Município de Cantanhede (PSD) não participou na cerimónia
realizada ontem. O de
Mira, no entanto, liderado pelo mesmo partido, fez-se representar
pelo presidente, Raul Almeida. Segundo Carlos
Monteiro, Cantanhede,
“provavelmente, tomou
a decisão de não ter estas
cerimónia neste período
[pré-eleitoral]”.»
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