quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Autárquicas 2021: porque não apoio nem voto em Carlos Monteiro


O que é que eu exijo a um presidente de câmara que governa o meu concelho?
Que tenha estratégia.
Que essa estratégia vise melhorar e consolidar a qualidade de vida dos munícipes.
Tal desiderato, tem de passar pelo Desenvolvimento Económico e Natural, Desenvolvimento Social, Educação, Desenvolvimento Comunitário, Saúde e Bem-estar, Regeneração e Requalificação Urbana e arte e engenho para governar a polis.

O PS - Carlos Monteiro, o candidato está lá desde 2009 - está no poder há 12 anos.
Quem achar que a Figueira nos últimos 12 anos ganhou qualidade de vida, continue a votar em mais do mesmo. Portanto, vote Carlos Monteiro.
Eu, que não percebo nada de política, não tenho essa opinião. Obviamente, não irei votar Carlos Monteiro.

Nestes 12 anos não vi uma aposta nas economias criativas, valorizando as pessoas e criando oportunidades para o desenvolvimento das suas ideias de forma participativa, sustentada e sustentável. 
Vi uma crispação contínua e continuada: quem não é cegamente por mim, é contra mim.

Não vi a preservação da identidade territorial e urbanística e a valorização do património material e imaterial.
Vi espaços que deveriam ser para zonas verdes a serem transformados em espaços comerciais, com a implantação a esmo de "mercearia"
Vi um espaço periférico como o Cabedelo, ser roubado da sua identidade a pretexto de uma coisa, que ninguém sabe exatamente o que é, chamada regeneração (para mim descaracterização...)
 
Não vi serem implementadas políticas de inclusão que apoiassem o desenvolvimento social das classes mais desfavorecidas a nível local.

Não vi a dinamização da comunidade,  olhando para o nosso passado, presente, transpondo-o para um futuro contemporâneo.
Vejo é a promoção camarária a coisas que nada têm a ver COM as tradições locais, como por exemplo o carnaval, nos moldes em que é realizado.

Não vi  a promoção e o incentivo à prática desportiva e aos estilos de vida saudável, contribuindo para a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar físico, psíquico e social da população, envolvendo áreas como o Desporto, Saúde, Educação, Lazer, Solidariedade, Natureza, Turismo, Economia.
Basta ver  o estado em que está, há vários anos, o Estádio Municipal José Bento Pessoa.

Não vi projectos e obras, tendo em vista a regeneração urbana através da recuperação de prédios inabitáveis, ocupação de prédios devolutos, criação de novas centralidades nas nossas vilas e aldeias, e recuperação de tradições como fator de desenvolvimento social, cultural e económico.
Vejo é obras desnecessárias, mal planeadas e pessimamente executadas, o que tem agravado a qualidade de vida das populações e provocado ainda mais dificuldades ao comércio tardicional.

Não vi criação de emprego estável, digno e razoavelmente remunerado, tendo em vista atrair a vinda de jovens para o nosso concelho.
Vejo é emprego precário e mal remunerado (nem dá, em muitos casos, para pagar as despesas de uma casa: renda, água, luz, internet...)
O resultado está à vista: a Figueira da Foz, o segundo concelho mais populoso do distrito, perdeu 5,1% na sua população ao longo da última década, estando agora abaixo dos 60 mil residentes.

Não vi (por mim falo), do lado do poder autárquico, capacidade para saber ouvir e perceber as pretensões dos cidadãos.
Vi foi um poder local completamente autista e arrogante para com quem ousava colocar questões e ter pontos de vista diferentes.

Entre outras, estas são algumas das razões porque não apoio, nem voto em Carlos Monteiro.
Em democracia é assim: temos a opção de apoiar - e dizer porquê. 
E temos a opção de não apoiar - e dizer porquê.

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