Neste momento, propício a estados de espírito complicados, enervamentos estéreis e paixões assolapadas, alguns leitores irritaram-se com as postagens que, ontem e anteontem, publiquei neste OUTRA MARGEM a tentar explicar porque não apoio nem voto em Carlos Monteiro, nem em Santana Lopes.
Hoje, não é preciso ser bruxo, vai acontecer o mesmo com esta postagem sobre a candidatura de Pedro Machado- Figueira do Futuro.
A esses, apenas digo que é falta de hábito e cultura democrática. Num concelho em que as elites dependem do poder autárquico e em que a comunicação social mantém relações com os políticos, é natural que as raras vozes críticas que chegam ao espaço público sejam vistas como um corpo estranho.
Hoje, não é preciso ser bruxo, vai acontecer o mesmo com esta postagem sobre a candidatura de Pedro Machado- Figueira do Futuro.
A esses, apenas digo que é falta de hábito e cultura democrática. Num concelho em que as elites dependem do poder autárquico e em que a comunicação social mantém relações com os políticos, é natural que as raras vozes críticas que chegam ao espaço público sejam vistas como um corpo estranho.
Mas, como com tudo o resto o que nos acontece na vida, não é nada de grave: é apenas uma questão de abrir caminho à criação de hábitos democráticos, que um dia hão-de ser a normalidade na Figueira da Foz.
Recordo.
O que é que eu exijo a um presidente de câmara que governa o meu concelho?
Que tenha estratégia.
Que essa estratégia vise melhorar e consolidar a qualidade de vida dos munícipes.
Tal desiderato, tem de passar pelo Desenvolvimento Económico e Natural, Desenvolvimento Social, Educação, Desenvolvimento Comunitário, Saúde e Bem-estar, Regeneração e Requalificação Urbana e arte e engenho para governar a polis.
O que é que eu exijo a um presidente de câmara que governa o meu concelho?
Que tenha estratégia.
Que essa estratégia vise melhorar e consolidar a qualidade de vida dos munícipes.
Tal desiderato, tem de passar pelo Desenvolvimento Económico e Natural, Desenvolvimento Social, Educação, Desenvolvimento Comunitário, Saúde e Bem-estar, Regeneração e Requalificação Urbana e arte e engenho para governar a polis.
Curiosamente, penso que o Dr. Pedro Machado tem potencial para dar a resposta que a Figueira precisava a estas questões.
Fui olhando para o decorrer da campanha com atenção. Até certa altura, limpinha, bem feita, bem rasgada, bem trabalhada e a abordar algumas questões essenciais para o futuro da Figueira.
Parecia ir tudo no sentido certo. De repente, porém, algo aconteceu.
Mudou a estratégia!
Sobre a candidatura de Pedro Machado - Figueira do Futuro, poderia escrever muita coisa.
Seria desnecessário, porém, pois tudo ficou resumido nas listas apresentadas para as póximas autárquicas...
Seria desnecessário, porém, pois tudo ficou resumido nas listas apresentadas para as póximas autárquicas...
Muito em especial, na que vai acompanhar Pedro Machado ao órgão autárquico Câmara Municipal. O PSD, que tinha expectativas altas, fruto da campanha eleitoral que estava a realizar, espalhou-se ao comprido onde costuma ser habitual: na feitura das listas.
Ao contrário das esperanças que alguns chegaram a ter com esta candidatura, mesmo que fosse a vencedora, não se começava uma vida nova, nem se rasgava o véu que encobre uma realidade local insuportável. Seria a evolução na continuidade: a intolerância, a arrogância e a falta de diálogo, continuariam a ser a imagem de marca da gestão autárquica figueirense.
Continuaria a atitude política de quem não é por mim é contra mim.
Foi sempre contra isto a minha postura. Gostaria de viver numa sociedade figueirense tolerante e abrangente.
As dificuldades presentes, vão agravar-se no futuro próximo para os figueirenses em geral. Merecemo-las.
Pedro Machado, ou é um grande cínico, ou tinha potencial para fazer algo de diferente. Porém, mesmo que ganhe, o que francamente não acredito, pela teia que permitiu que se tecesse em seu redor, ficou prisioneiro e atado de pés e mãos.
Este é o resumo: o principal partido da oposição, escolheu listas à altura do líder do principal partido da situação.
Repito: Pedro Machado ou é um grande cínico, ou tinha potencial. Porém, vá lá saber-se porquê, deixou-se enredar por muita coisa que anda a gravitar em volta dos políticos quando sopra uma brisa, neste caso ténue, que cheire a poder...
Portanto, numa altura em que ainda pairam muitas interrogações e indecisões sobre quem vai a votos, creio que a candidatura de Pedro Machado - Figueira do Futuro, tem o destino traçado: a derrota - dele e dos figueirenses...
Em democracia é assim: temos a opção de apoiar - e dizer porquê. E temos a opção de não apoiar - e dizer porquê.
Quem não percebe isto, não percebe nada de nada, no que à política numa democracia diz respeito.
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