Teotónio Cavaco, na edição de hoje do Diário as Beiras:
«... é lícito e oportuno colocar a questão da criação de incentivos locais para a fixação de médicos no concelho da Figueira (em vigor, por exemplo em Mafra, desde 2016, ou em Cinfães, há ano e meio), dado que é pública e notória a falta de médicos, nomeadamente de família nos postos de saúde do concelho.
Como também é infelizmente cada vez mais evidente, à falta de respostas concretas da Administração Central (sempre muito mais eficiente a falar do Serviço Nacional de Saúde do que a dotá-lo dos recursos necessários), cabe à Autarquia zelar pela prestação de cuidados de saúde, garantindo que cada um dos munícipes tenha pelo menos direito a médico de família.Assim, defendo a criação de incentivos locais para a fixação de médicos no concelho, através por exemplo da implementação de medidas de apoio destinadas a médicos de medicina geral e familiar que concorram ao preenchimento de vagas nas Unidades de Saúde, para custear uma das seguintes despesas: deslocação, arrendamento ou aquisição de habitação própria.
É verdade que o Orçamento da Câmara da Figueira para 2021 não o prevê, mas bastaria que cada um dos quatro quilómetros da ciclovia recentemente inaugurada (como se de uma ligação ferroviária condigna para Coimbra se tratasse) não tivesse custado mais de 230 mil euros, ou que não se tivesse duplicado a verba para iluminações e comboios serôdios e tal já seria perfeitamente exequível. Enfim, prioridades!..»
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