quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Perante os "salazaretes" do poder local, Quiaios só tem uma solução: o funcionamento da Democracia...

"Sem resultados conclusivos, foi dada como terminada pouco tempo depois de começar, a Assembleia de Freguesia de Quiaios, 6 de outubro de 2020, que tinha como ordem de trabalho; eleições dos vogais para a Junta de Freguesia; e tomada de posse de novos elementos da Assembleia. 
Nada disto se realizou em virtude da confusão no emaranhado das Leis que o PS mantém para sobreviver.

A meio da tarde, via email, foi recebida uma cópia de um Pedido de parecer - Substituição do Presidente da Junta de Freguesia e atos subsequentes, enviado a Comissão Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, solicitando com carácter urgente, e parecer jurídico da CCDRC, assinado pelo Presidente da Junta em exercício.

No início dos trabalhos o PSD apresentou à Mesa duas exposições; uma sobre qual o fundamento que o Presidente em funções tinha direito a voto na Assembleia; a segunda colocava em questão a convocação da Assembleia não ter sido convocada e conduzida pelo elemento melhor colocado na lista mais votada das últimas eleições. 

A mesa não respondeu, ficando para mais tarde, que é dizer para a próxima Assembleia.

Um facto novo nesta Assembleia, a presença, na mesa, da Tesoureira que renunciou ao mandato, defendendo que de acordo com a lei, e antes de ser substituída, podia assistir aos trabalhos.

Vamos esperar pelo parecer e depois nova Assembleia para por fim a estes contratempos, que só tem um culpado o PS.

Pedimos desculpas, aos leitores deste post, por não obterem da nossa parte um comentário ao sucedido. Pelo simples facto de o novelo ser de tal ordem enfadonho, grande e complexo desde o início que não damos com a ponta."


Há um notório e crescente mal-estar no nosso concelho. Muita gente começa a aperceber-se da mediocridade política em que vivemos. 
Quiaios continua ao rubro. Para o PS, percebeu-se desde que os Tribunais demitiram a anterior presidente, o importante é Ricardo Santos ser o senhor que se segue como presidente da Junta... 
Tem valido tudo. Na noite passada estavam vários cenários possíveis em cima da mesa. Dada a posição já definida da CDU, a dúvida passava pelo PSD local.
 
O responsável pelo OUTRA MARGEM não é militante de qualquer partido. Contudo, tem respeito por quem é militante dos partidos. Militar num partido, porém, é, apenas, uma das formas de participar na democracia. 
A Figueira não tem classe política. Tem dirigentes repartidos pelos partidos. Partindo do princípio que existia na Figueira “classe dirigente", não poderia estar a acontecer esta crise da Democracia em Quiaios.
A Figueira - e o concelho -  está entregue a um grupo fechado e restrito. Isto é: quem tem a maioria absoluta, não passa de uma parcela da classe politica dirigente - que foi mal selecionada e está a mostrar-se mal preparada sob o ponto de vista democrático. 

Este naco da classe política figueirense vive entregue a si mesma, às suas conversas e jogadas de bastidores. A política, na Figueira, tornou-se num medíocre misto de jogadas e intrigas. Sobreviveram os piores. A falta de diálogo que hoje existe entre as cúpulas partidárias locais, resulta de tricas, questões e rivalidades puramente pessoais. 
A mediocracia (expressão criada por Balzac para designar “nova classe política burguesa”) é hoje pior que nunca. 

Neste momento, temos alguns "salazaretes" na política local. Recorde-se o que se passou recentemente em S. Pedro... Os partidos foram assaltados. A democracia é pouco participada, não só, mas também, porque muitos foram afastados. O espírito ditatorial prevaleceu. Há todo um conjunto de "salazaretes" de segunda, que dominam o sistema.
As consequências estão à vista: estamos a ficar afastados do desenvolvimento e do exercício da fruição da vida vivida em democracia. 
Os "salazaretes" sabem que, para sobreviver politicamente, têm de estar ao serviço de que manda no partido do poder...
Quiaios só tem uma solução: que se consiga por a democracia a funcionar.
O PS Figueira, já deveria ter sido capaz de entender o óbvio: o exercício de um cargo político em democracia, é um serviço público em prol da comunidade, em geral, e não dos interesses particulares ou de grupo.

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