Depois do silêncio, uma inaceitável intervenção
"Neste dossier nada faz sentido. No Banco de Portugal, mas também na actuação do Governo. Qualquer accionista consciente ficaria preocupado se o presidente e dois administradores de uma empresa saíssem directamente para dirigir a principal concorrente. Sem passarem por um período de nojo, Santos Ferreira e os dois elementos que o acompanham levam naturalmente da CGD para o BCP os segredos, os planos, a estratégia, os negócios, a forma de cativar os clientes mais importantes.
O apoio dado pelo Governo a esta transferência mostra a escala de valores com que estamos a lidar: é importante ter gestores amigos no BCP, nem que para isso seja preciso sacrificar o valor do banco do Estado. Isto não é um comportamento normal de um accionista.
Este é um caso em que a mão invisível do mercado teve pouca ou nenhuma importância. Já a mão manipuladora do Estado foi muito visível, condicionando fortemente as decisões que deviam ter sido tomadas pelos accionistas."
O apoio dado pelo Governo a esta transferência mostra a escala de valores com que estamos a lidar: é importante ter gestores amigos no BCP, nem que para isso seja preciso sacrificar o valor do banco do Estado. Isto não é um comportamento normal de um accionista.
Este é um caso em que a mão invisível do mercado teve pouca ou nenhuma importância. Já a mão manipuladora do Estado foi muito visível, condicionando fortemente as decisões que deviam ter sido tomadas pelos accionistas."
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