«O clientelismo não acontece apenas nas famílias políticas, mas nas teias que se estabelecem como larvas por todo o país. Mais um vice-presidente de Rui Rio está com problemas com a Justiça: Álvaro Amaro, feito arguido durante a transição da Câmara Municipal para o Parlamento Europeu. A convivência de tantos inocentes-até-prova-em-contrário no PSD já obrigou o seu presidente a sepultar o discurso do “banho de ética”, mas a questão é também connosco, se acharmos que a sucessão de investigações de corrupção municipal é coisa menor. Ou se é exagero policial. Ou se é perseguição política. Ou se (encolher os ombros) “é o país que temos”.»
Pedro Santos Guerreiro
«Não me preocupa nada que Álvaro Amaro pense que não há razão nenhuma que recomende que não tome posse como deputado europeu.
Nem me preocupa nada que o líder do PSD considere que nada deve dizer sobre este assunto, muito menos que o líder da lista ao parlamento europeu argumente com "à política o que é da política, à justiça o que é da justiça".
O que me preocupa é esta miserável ideia de que um cargo público, por eleição, é algo a que se tem direito e não algo absolutamente temporário a que se acede por mérito e só enquanto se é EXEMPLO de conduta. Quando se deixa de ser, ou há sérias dúvidas, primeiro esclarece-se o que há a esclarecer e depois retoma-se o que existir para retomar. A perda da noção de serviço e de EXEMPLO DE CONDUTA é, a par da corrupção, a morte da democracia representativa.»
Joaquim Norberto Pires
* - Paulo Rangel, via Diário de Notícias.
Pedro Santos Guerreiro
«Não me preocupa nada que Álvaro Amaro pense que não há razão nenhuma que recomende que não tome posse como deputado europeu.
Nem me preocupa nada que o líder do PSD considere que nada deve dizer sobre este assunto, muito menos que o líder da lista ao parlamento europeu argumente com "à política o que é da política, à justiça o que é da justiça".
O que me preocupa é esta miserável ideia de que um cargo público, por eleição, é algo a que se tem direito e não algo absolutamente temporário a que se acede por mérito e só enquanto se é EXEMPLO de conduta. Quando se deixa de ser, ou há sérias dúvidas, primeiro esclarece-se o que há a esclarecer e depois retoma-se o que existir para retomar. A perda da noção de serviço e de EXEMPLO DE CONDUTA é, a par da corrupção, a morte da democracia representativa.»
Joaquim Norberto Pires
* - Paulo Rangel, via Diário de Notícias.
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