sábado, 8 de junho de 2019

Um mito urbano acerca de mim que tem de ser desmascarado: gosto de política e dos políticos...

Considero a  actividade política exigente, nobre e importante. Por uma razão simples: tem consequências na vida de todos nós.

O desenvolvimento de um país, uma região, um concelho, uma aldeia, está intrinsecamente ligado à qualidade da governação.
Daí a importância da qualidade dos  políticos que escolhemos, pois é ela que determina, de forma muito significativa, a qualidade da democracia e o consequente desenvolvimento social e económico. 
A intervenção política dos políticos que passaram pela governação do nosso concelho foi  de tal forma importante e consequente na vida de todos, que os resultados são facilmente visíveis por nós. Basta estar minimamente atento.

Por isso, sou exigente e reivindicativo. Aos políticos exijo rigor e exigência na gestão da "coisa pública". Não é mau feitio: é o sagrado dever do exercício da cidadania.
No mínimo, espero dos políticos visão, conhecimento e a capacidade de trabalho. É deles que a capacidade de sonhar, a confiança, o exemplo de trabalho, entrega e rigor deve partir. Espero também que sirvam e não se sirvam. A ética terá de estar presente na forma  como gerem a "polis".
Espero, ainda, que sejam incorruptíveis e consequentemente imunes a influências ou benefícios materiais ou de estatuto. É a sua independência relativamente a domínios que não sejam o estrito cumprimento da defesa dos interesses do povo, que asseguram a tão ambicionada qualidade da democracia e governação e consequentemente do desenvolvimento e coesão económica e social. Desde muito novo aprendi (e jamais esqueci...) que não há outro princípio de liderança que funcione que não assente na liderança pelo exemplo.
Lamentavelmente temos vindo a assistir à desvirtuação desses princípios.
A vida política figueirense está cheia de favores, amiguismos e interdependências. Entre políticos. Entre os políticos e o poder económico. E entre os políticos e muitos outros interesses, nomedamente o futebol e o carnaval...

É aos políticos, por serem isso mesmo – políticos -  a quem mais se tem de  exigir. 
Nunca me esqueço que, nas campanhas eleitorais, são eles que fazem promessas ao povo, que é ao povo que imploram pelo voto,  povo esse que  deveriam respeitar e representar depois de graças ao povo, dado por esse povo, ascenderem ao poder. 
Na Figueira, uma democracia de qualidade exige, de todos nós, a começar nos políticos, novos modelos de comportamento, ética e transparência. 
Os políticos podiam dar um sinal: retomar as reuniões de câmara à porta aberta ao povo e aos jornalistas. 
Era um pequeno pormenor, um pequeno sinal, um pequeno passo no muito caminho que há percorrer para desbravar e desenvolver para alcançarmos a desejada  evolução da democracia figueirense.

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